Policial do esquadrão antibombas inspeciona a casa onde ocorreu o ataque no Paquistão| Foto: Reuters/Fayaz Aziz

Um membro de uma milícia tribal pró-governo morreu junto com oito familiares em um ataque lançado na madrugada desta quarta-feira (12) por cerca de 20 pessoas na cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão, informou a polícia.

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O incidente aconteceu por volta das 3h locais (20h de Brasília da terça-feira) no bairro de Badaber quando "entre 20 e 25" pessoas lançaram granadas e depois abriram fogo contra os ocupantes de uma casa e mataram todos, inclusive mulheres e crianças.

Segundo um agente da polícia local, Hassan Ahmed Khan, a residência pertencia a um membro dos chamados comitês de paz, milícias tribais alinhadas com as autoridades na luta contra a insurgência fundamentalista.

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Nenhum dos responsáveis pelo atentado foi detido pelas forças de segurança.

O ataque não foi reivindicado por nenhum grupo, mas suas características quanto ao número de pessoas envolvidas e o alvo escolhido levam a crer que a insurgência talibã esteja envolvida. O Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), a maior organização insurgente, iniciou na semana passada um processo formal de diálogo com o governo, mas sem interromper suas ações violentas.

De fato, na última semana, Peshawar foi cenário de um grande aumento da atividade armada, que habitualmente já é intensa, e quase 40 pessoas morreram em diversos atentados contra cinemas, equipes de vacinação contra a pólio e a minoria xiita.

Peshawar é capital da província de Khyber Pakhtunkhwa, que faz fronteira com o Afeganistão e serve de refúgio para células talibãs, grupos jihadistas e organizações mafiosas que operam em ambos os lados da divisa com o país vizinho.

De acordo com um relatório do Instituto Paquistanês de Estudos de Paz, o país sofreu no ano passado mais de 1,7 mil atentados terroristas - 61% deles cometidos pelo TTP e seus aliados -, nos quais morreram cerca de 2,5 mil pessoas, um número 19% maior do que em 2012.

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