Uma mesquita e uma escola religiosa foram atingidas neste sábado (12) por atentados a bombas no Paquistão, causando a morte de Sarfraz Naeemi, um dos mais importantes clérigo do país, contrário ao regime do Taleban. Autoridades acreditam que os ataques tinham Naeemi como alvo. Naeemi condenava os atentados suicidas, dizia que tais ações são anti-islâmicas e chamava militantes talebans de assassinos. Por enquanto, ninguém assumiu a autoria dos atentados.
Segundo uma autoridade policial, um homem entrou no seminário de Jamia Naeemia, no centro de Lahore, logo após as orações tradicionais de sexta-feira, e detonou uma bomba poderosa o suficiente para derrubar o prédio. Duas pessoas morreram e seis ficaram feridas. Naeemi era aparentemente o alvo do ataque e morreu a caminho do hospital. Após o atentado que matou Naeemi, centenas de estudantes seminaristas reuniram-se no local onde houve a explosão, exigindo a saída do Taleban do Paquistão. "Abaixo o Taleban", gritavam.
No segundo ataque de hoje, contra uma mesquita, militantes utilizaram um caminhão lotado de explosivos, atirado contra a parede da mesquita onde viviam soldados, em Noshehra, uma pequena cidade no norte. Pelo menos quatro pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas, disse uma autoridade policial.
Uma série de atentados suicidas a bomba e de outros atentados tem ocorrido nas últimas semanas no Paquistão, atribuídos a militantes que atuam em retaliação à operação militar que vem sendo conduzida contra o Taleban na região do Vale do Swat. Mais de 100 pessoas morreram desde 27 de maio. A campanha militar intensificou a pressão sobre os militantes talebans nas regiões onde estabeleceram maior influência, especialmente na conservadora fronteira com o Afeganistão.
Paralelamente, o Exército mantinha hoje sua ofensiva no Vale do Swat e conseguiu assumir o controle da cidade de Chuprial, após um combate que matou 39 militantes e oito soldados. Foi o maior número de mortos já reportado desde o início da operação no Swat no final de abril.
Entre outros incidentes, em Peshawar, o tenente-general Massod Aslam, o comandante do exército da operação no Swat, ficou ferido após sua residência ter sido invadida. Dois militantes morreram.
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