O grupo terrorista "Ansar Jerusalem" ("apoiadores de Jerusalém") assumiu a responsabilidade pela explosão de um ônibus turístico, ocorrida ontem. O atentado matou ao menos quatro pessoas três turistas da Coreia do Sul e o motorista egípcio e deixou cerca de 20 feridas na Península do Sinai. O veículo explodiu quando se preparava para entrar em Israel a partir do Egito, onde os turistas passaram o fim de semana visitando atrações no Sul do Sinai.
"Como prometemos, graças a Deus explodimos o ônibus em Taba e vamos continuar orientando nossos ataques contra sua economia, seu turismo e seu gás", escreveu o grupo em seu perfil na rede social Twitter.
A explosão ocorreu em meio ao aumento da violência no Sinai pela atuação de grupos radicais islâmicos na região. A maioria das ações acontece contra as forças de segurança, e registraram crescimento após a queda do presidente islamita Mohammed Mursi, em julho.
A violência está afetando a indústria do turismo do Egito, uma das mais importantes fontes de renda do país, que luta para sair da crise econômica provocada pela instabilidade política.
Justiça
Foi adiada ontem a segunda audiência do julgamento do presidente deposto do Egito Mohammed Mursi. A sessão foi transferida para o próximo domingo porque a defesa se retirou da sala.
Os defensores se recusaram a continuar no julgamento porque Mursi foi colocado dentro de uma redoma de vidro à prova de som, o que lhe impede de interromper o julgamento. Essa foi a segunda vez que os juízes usaram o recurso para evitar que Mursi se pronuncie. Em outras sessões judiciais, Mursi gritava, dizendo que ainda era o presidente do Egito e chamando de farsa o julgamento.