Recruta do Exército dos EUA ferido num ataque a um centro de recrutamento que matou ao menos 57 pessoas em Bagdá recebe atendimento| Foto: REUTERS

Pelo menos 57 recrutas e soldados foram mortos e 123 ficaram feridos nesta terça-feira quando um homem-bomba se explodiu diante de um centro de recrutamento do Exército iraquiano na capital Bagdá, duas semanas antes do fim das operações de combate dos EUA no Iraque.

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O atentado foi o mais mortífero em semanas e ocorreu num momento em que supostos insurgentes deram início a uma campanha de assassinatos contra juízes na capital iraquiana e numa instável província ao norte de Bagdá. É mais um ingrediente para o já tenso panorama político, cinco meses após eleições parlamentares que ainda não resultaram na formação de um governo.

Os insurgentes vêm atacando soldados e policiais iraquianos que se preparam para assumir responsabilidade plena pela segurança do país em 1o de setembro, quando os EUA encerrarão os sete anos e meio de sua missão de combate.

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O contingente militar norte-americano será reduzido para 50 mil soldados, em missão de treinamento, antes de uma retirada completa planejada para o ano que vem.

"Estávamos em uma longa fila. Havia também soldados e oficiais. De repente, houve a explosão. Graças a Deus somente minha mão ficou ferida", disse à Reuters TV um recruta ferido enquanto os médicos do hospital Al-Karkh faziam um curativo em sua mão.

O ataque foi contra uma base militar perto da praça de Maidan, no centro de Bagdá. Segundo uma fonte no Ministério da Defesa, o número de mortos poderá chegar a 61.

O local do ataque era a sede do Ministério da Defesa na época do governo de Saddam Hussein e foi transformado em um base militar e centro de recrutamento depois da invasão liderada pelos EUA, em 2003.