Pelo menos 26 pessoas morreram em uma nova onda de atentados ocorrida nesta segunda-feira (23) no Iraque, informaram autoridades locais. A violência persiste no país em meio a uma ofensiva do governo contra milicianos ligados à rede extremista Al-Qaeda na volátil região de deserto do oeste iraquiano.
No mais grave incidente do dia, cinco homens invadiram a sede da emissora de televisão do governo de Salaheddin, na cidade de Tikrit, ao norte de Bagdá.
Um dos invasores detonou um carro-bomba em frente aos portões da sede da emissora, enquanto dois detonaram cinturões explosivos no interior do local. Outros dois supostos invasores foram mortos por forças de segurança.
Além dos agressores, seis funcionários da emissora de televisão morreram, sendo pelo menos dois jornalistas, e seis ficaram feridos, informaram autoridades locais.
Também nesta segunda-feira, milicianos atacaram uma base militar próxima do infame presídio de Abu Ghraib, a oeste de Bagdá, provocando a morte de três oficiais do exército e de três soldados, disse um oficial de polícia. Sete soldados ficaram feridos no episódio.
Horas mais tarde, uma bomba explodiu no momento da passagem de uma patrulha pela mesma área, provocando a morte de um oficial do exército e de um soldado.
Os atentados de hoje elevaram a 400 o número de mortos em episódios de violência. De acordo com uma estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 8 mil pessoas morreram este ano em episódios de violência que realimentam os temores de uma volta à guerra sectária que tomou conta do Iraque nos primeiros anos após a derrubada de Saddam Hussein por uma coalizão militar liderada pelos Estados Unidos que invadiu o Iraque sob o pretexto de buscar armas de destruição em massa que nunca vieram a ser encontradas.