Um atirador matou ontem um soldado canadense que fazia a guarda de um memorial de guerra na capital do Canadá, Ottawa. Perseguido pela polícia, o atirador entrou no Parlamento, onde ao menos 30 disparos foram ouvidos, disseram testemunhas. De acordo com a CNN, o atirador se chama Michael Zehaf-Bibeau e ele teria se convertido ao islã, mas a informação não foi confirmada por autoridades.
A polícia também disse que houve disparos em uma área perto do shopping Rideau Centre, porém voltou atrás tempo depois. Os dois lugares que foram alvos do ataque o Memorial Nacional de Guerra e o Parlamento estão a menos de 1,5 km de distância um do outro.
De acordo com o ministro para Veteranos de Guerra, Julian Fantino, um suspeito foi morto dentro das dependências do Parlamento, que foi fechado. Por causa do incidente, o Exército do Canadá anunciou o fechamento de bases em todo o país.
O policial Marc Soucy indicou não estar claro se há mais de um atirador. "Estamos procurando pelos suspeitos neste momento, então não sabemos se é uma ou mais pessoas", disse à Reuters.
Em coletiva, a polícia canadense confirmou a morte do soldado atingido no memorial de guerra. Um hospital de Ottawa relatou ter recebido três pacientes, dos quais dois estão estáveis.
O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, participava de um encontro no Parlamento quando o incidente começou, disse ao Toronto Sun o ministro Fantino. De acordo com o ministro do Tesouro, Tony Clement, o atirador passou correndo perto da porta da sala onde ocorria a reunião.
Harper deixou o Parlamento momentos depois e está em um lugar seguro. De acordo com Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, os EUA ofereceram ajuda ao Canadá.
Earnest afirmou que as autoridades não estão em posição de afirmar se o incidente foi um ataque terrorista. O ataque ocorreu um dia depois que um soldado morreu atropelado por um suposto extremista islâmico em Saint-Jean-sur-Richelieu, no Quebec.
Terça-feira
O Canadá elevou o nível de ameaça de terrorismo para médio na terça-feira depois que os serviços secretos canadenses "indicaram que um indivíduo ou grupo dentro do Canadá ou no exterior tem a intenção e a capacidade de cometer um ato de terrorismo".
24
De acordo com informações divulgadas pela CNN, o soldado morto pelo atirador no memorial em Ottawa tinha 24 anos e se chamava Nathan Cirillo. Ontem à noite, especulava-se que o criminoso teria se convertido ao islã.