Um suposto militante islâmico que abriu fogo nesta sexta-feira perto da embaixada dos Estados Unidos em Sarajevo foi ferido e detido, informou um porta-voz da polícia à televisão Bósnia.
"A pessoa que disparou uma arma automática ficou ferida e detida durante uma operação da polícia. Após receber tratamento médico no local, a pessoa foi hospitalizada", disse o porta-voz da polícia Irfan Nefic à emissora BHT.
Informações anteriores divulgadas pela imprensa diziam que o homem, identificado como um integrante da seita wahabita, fora morto por um franco-atirador após ter feito disparos com um rifle Kalashnikov contra o prédio da missão norte-americana.
A porta-voz da embaixada, Sanja Pejcinovic, não divulgou detalhes sobre o incidente.
"Nós podemos confirmar que houve um incidente em frente à embaixada. O prédio está fechado e estamos esperando que a polícia isole a área", disse ela à agência France Presse.
A rádio nacional bósnia disse que a polícia estava realizando buscas nas imediações da embaixada e procurando possíveis cúmplices.
"Várias patrulhas policiais foram enviadas para o local. Dois policiais ficaram feridos, um na perna e outro na cabeça", informou a rádio.
Jasminka Fisic, que estava perto da embaixada - localizada no centro de Sarajevo, perto do hotel Holiday Inn - disse à agência France Presse por telefone que toda a área foi isolada e carros de polícia se dirigiam em alta velocidade para a embaixada.
A Bósnia abriga uma pequena minoria de seguidores do wahabismo, um ramo rigoroso e ultraconservador do Islã e que é dominante na Arábia Saudita.
Durante a guerra da Bósnia, entre 1992 e 1995, entre croatas, muçulmanos e sérvios, um grande número de voluntários de países muçulmanos se dirigiu para o país dos Bálcãs para pegar em armas.
Muitos desses combatentes muçulmanos permaneceram no país após fim do conflito e obtiveram cidadania bósnia. Algumas pessoas da moderada comunidade muçulmanas bósnia se converteram à vertente mais radical propagada pelos ex-mujahedin. As informações são da Dow Jones.