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reercussão

Atirador de Orlando era frequentador regular da boate Pulse e ‘lobo solitário’

Memorial em frente ao Dr. Phillips Center for the Performing Arts pede mais rigor no controle de armas | JOE RAEDLE/AFP
Memorial em frente ao Dr. Phillips Center for the Performing Arts pede mais rigor no controle de armas (Foto: JOE RAEDLE/AFP)

O homem que matou 49 pessoas na boate gay Pulse de Orlando era um frequentador regular do estabelecimento, afirmaram quatro clientes habituais do local ao jornal Orlando Sentinel. “Às vezes ele sentava em um canto para beber sozinho, outras vezes ficava tão bêbado que era barulhento e ofensivo”, disse Ty Smith ao jornal, em referência a Omar Mateen, um americano de origem afegã de 29 anos.

Smith afirmou ao Orlando Sentinel que viu Mateen na boate Pulse diversas vezes. “Realmente não falávamos muito com ele, mas lembro de ter ouvido, às vezes, dizer coisas sobre seu pai. Ele disse que tinha esposa e um filho”, completou.

Kevin West, outro frequentador regular da Pulse, disse ao jornal Los Angeles Times que trocou mensagens intermitentes com Mateen em um aplicativo homossexual por pelo menos um ano. Outros clientes da casa noturna afirmaram à imprensa que Mateen havia utilizado aplicativos gays, como o Grindr.

A descrição representa uma contradição com as declarações dos parentes do criminoso, que o classificaram como um homem abusivo, violento, instável e homofóbico.

Mateen também visitou o Walt Disney World em abril, disse um gerente da Disney que pediu anonimato.

Sua esposa, Noor Zahi Salman, não está cooperando com as autoridades, segundo um policial citado pelo Orlando Sentinel que pediu anonimato.

O FBI investigou Mateen em 2013 e 2014 “por eventuais vínculos com terroristas”, mas as ações foram arquivadas por falta de provas. A hipótese de uma pista homossexual, caso confirmada, poderia ajudar o FBI a sair de uma situação difícil, já que a Polícia Federal americana observou a radicalização de Mateen, mas não evitou que ele concretizasse o ataque.

Liberado pelo FBI e sem antecedentes judiciais, Mateen tinha duas licenças de porte de armas e adquiriu, de forma completamente legal e alguns dias do ataque, uma arma curta e outra maior.

“Se o FBI o vigila por suspeitas de ter vínculos com terroristas, (Mateen) não deveria estar em condições de comprar uma arma”, criticou, de forma indignada, a candidata democrata à presidência Hillary Clinton, que defende o reforço dos controles sobre a posse de armas.

Mateen é ‘lobo solitário’

A pista do “lobo solitário” estimulado por motivações jihadistas é privilegiada pelas autoridades dos Estados Unidos para explicar as motivações do autor de o massacre de Orlando, mas no passado complexo do atirador ainda há muitas sombras.

A tese de uma possível homossexualidade de Omar Mateen surgiu em vários jornais americanos e, sem dúvida, complicará o processo para compreender os impulsos psicológicos que o levaram a assassinar 49 pessoas, em sua maioria de origem latina.

O presidente Barack Obama viajará na quinta-feira (16) a Orlando para expressar seus pêsames às famílias das vítimas e manifestar solidariedade. O próprio presidente e as investigações do massacre privilegiam a tese de que Mateen, que teria se “radicalizado” com propaganda islamita, atuou sozinho, sem receber ordens do grupo Estado Islâmico (EI), apesar de inspirado pelos jihadistas.

“Parece que o agressor foi inspirado por várias fontes de informação extremistas na internet”, declarou Obama depois de uma reunião no Salão Oval com o diretor do FBI, James Comey, e o secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson.

Na madrugada de domingo (12), Mateen, americano de origem afegã e funcionário de uma empresa de segurança, abriu fogo com um rifle e uma pistola na boate gay Pulse, que celebrava uma “noite latina” com apresentações de drag queens.

Orlando, cidade no estado da Flórida, é famosa por seus parques de diversões e recebe milhares de turistas.

Depois de matar vários clientes, o muçulmano praticante se trancou no banheiro e ligou para o serviço de emergência para reivindicar sua lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI), antes da invasão do local pelos agentes de polícia. Na segunda-feira (13), o EI reivindicou em sua rádio a autoria do massacre.

O presidente Obama destacou que não existe prova de que Mateen foi dirigido do exterior, nem que ele integrava um complô mais amplo”.

Vigília

O ataque, o mais violento nos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001, provocou reações de horror e de solidariedade em todo o mundo. Uma vigília na segunda-feira (13) à noite reuniu uma comunidade traumatizada no jardim de de um Centro de Artes em Orlando.

Um coro de homossexuais se apresentou, enquanto velas eram acesas, entre bandeiras com as cores do arco-íris, símbolo do movimento LGBT. Muitas pessoas não conseguiram conter as lágrimas. Os discursos foram feitos tanto em inglês como em espanhol, reflexo do elevado número de vítimas de origem latina.

O ataque

O ataque contra a Pulse, o mais violento nos Estados Unidos desde os atentados de 11 de setembro de 2001, deixou 49 mortos e 53 feridos. A polícia matou Omar Mateen ao invadir a boate.

O diretor do FBI, James Comey, disse que a Polícia Federal está convencida de que Mateen se “radicalizou” com a propaganda do extremismo islâmico na internet e que havia proclamado sua lealdade ao líder do grupo extremista Estado Islâmico em uma série de ligações durante o ataque.

Pessoas seguram velas durante momento de silêncio em vigília no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips. A cerimônia acontece em Orlando, Estados Unidos, em homenagem às vítimas do ataque na boate Pulse. | BRENDAN SMIALOWSKI/AFP

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Pessoas seguram velas durante momento de silêncio em vigília no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips. A cerimônia acontece em Orlando, Estados Unidos, em homenagem às vítimas do ataque na boate Pulse.

Pessoas se agrupam em frente a memorial montado no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips, em Orlando (EUA), em memória às vítimas do atentado na cidade. | JOE RAEDLE/AFP

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Pessoas se agrupam em frente a memorial montado no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips, em Orlando (EUA), em memória às vítimas do atentado na cidade.

Pessoas rezam juntas em frente a memorial montado no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips, em Orlando (EUA), em memória às vítimas do atentado na cidade. | JOE RAEDLE/AFP

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Pessoas rezam juntas em frente a memorial montado no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips, em Orlando (EUA), em memória às vítimas do atentado na cidade.

Um homem reza em frente a memorial montado no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips, em Orlando (EUA), em memória às vítimas do atentado na cidade. | JOE RAEDLE/AFP

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Um homem reza em frente a memorial montado no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips, em Orlando (EUA), em memória às vítimas do atentado na cidade.

Objetos são expostos em memorial montado no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips, em Orlando (EUA), em memória às vítimas do atentado na cidade. | JOE RAEDLE/AFP

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Objetos são expostos em memorial montado no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips, em Orlando (EUA), em memória às vítimas do atentado na cidade.

Um homem reza em frente a memorial montado no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips, | em Orlando (EUA), em memória às vítimas do atentado na cidade.JOE RAEDLE/AFP

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Um homem reza em frente a memorial montado no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips,

Mulheres participam de momento de silêncio em vigília no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips, em Orlando (EUA), em memória às vítimas do atentado na cidade. | BRENDAN SMIALOWSKI/AFP

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Mulheres participam de momento de silêncio em vigília no Centro de Artes Performáticas Dr. Phillips, em Orlando (EUA), em memória às vítimas do atentado na cidade.

Comunidade LGBT participam de vigília a luz de velas na cidade de Chennai, Índia, em homenagem às vítimas do ataque em Orlando. | ARUN SANKAR/AFP

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Comunidade LGBT participam de vigília a luz de velas na cidade de Chennai, Índia, em homenagem às vítimas do ataque em Orlando.

Bandeira da causa LGBT é vista em frente ao prédio da prefeitura de Los Angeles, Estados Unidos, em homenagem às vítimas do ataque em Orlando. | DAVID MCNEW/AFP

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Bandeira da causa LGBT é vista em frente ao prédio da prefeitura de Los Angeles, Estados Unidos, em homenagem às vítimas do ataque em Orlando.

Homem fotografa prédio da prefeitura de Los Angeles, Estados Unidos, que está iluminada nas cores do arco íris em homenagem às vítimas do tiroteio na boate Pulse. | DAVID MCNEW/AFP

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Homem fotografa prédio da prefeitura de Los Angeles, Estados Unidos, que está iluminada nas cores do arco íris em homenagem às vítimas do tiroteio na boate Pulse.

Punho com as cores da bandeira da causa LGBT é erguido em frente a bandeira do Estados Unidos, em Los Angeles. | DAVID MCNEW/AFP

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Punho com as cores da bandeira da causa LGBT é erguido em frente a bandeira do Estados Unidos, em Los Angeles.

Pessoas montam memorial para as vítimas do tiroteio, nos degraus do prédio da prefeitura de Los Angeles, nos Estados Unidos. | DAVID MCNEW/AFP

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Pessoas montam memorial para as vítimas do tiroteio, nos degraus do prédio da prefeitura de Los Angeles, nos Estados Unidos.

Bandeira do orgulho LGBT em vigília na cidade de Orlando. | BRENDAN SMIALOWSKI/AFP

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Bandeira do orgulho LGBT em vigília na cidade de Orlando.

Prédio da prefeitura e edifícios históricos do Grande Palácio de Bruxelas, na Bélgica, são iluminados com as cores no arco íris em homenagem às v´imas do ataque em Orlando. | SISKA GREMMELPREZ/AFP

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Prédio da prefeitura e edifícios históricos do Grande Palácio de Bruxelas, na Bélgica, são iluminados com as cores no arco íris em homenagem às v´imas do ataque em Orlando.

“Queridos LGBT, Vocês são lindos como são”, diz cartaz erguido em meio a vigília em Los Angeles (EUA). | DAVID MCNEW/AFP

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“Queridos LGBT, Vocês são lindos como são”, diz cartaz erguido em meio a vigília em Los Angeles (EUA).

Torre Eiffel, em Paris, se ilumina com as cores da bandeira LGBT. | THOMAS SAMSON/AFP

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Torre Eiffel, em Paris, se ilumina com as cores da bandeira LGBT.

“Pare o ódio”, diz placa colocada em frente ao “The Stonewall Ink”, famoso bar LGBT de Nova York. O local está sendo utilizado como memorial em homenagem às vítimas do atentado em Orlando, que deixou 53 vítimas. | SPENCER PLATT/AFP

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“Pare o ódio”, diz placa colocada em frente ao “The Stonewall Ink”, famoso bar LGBT de Nova York. O local está sendo utilizado como memorial em homenagem às vítimas do atentado em Orlando, que deixou 53 vítimas.

Pessoas fazem vigília em Orlando, local do ataque à boate Pulse. | JOE RAEDLE/AFP

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Pessoas fazem vigília em Orlando, local do ataque à boate Pulse.

Pessoas soltam lanterna em memorial em Orlando. | Drew Angerer/AFP

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Pessoas soltam lanterna em memorial em Orlando.

Pessoas seguram velas ao alto em vígila em Orlando. | Drew Angerer/AFP

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Pessoas seguram velas ao alto em vígila em Orlando.

Lanterna voa em frente a hotel iluminado com as cores do arco íris em Orlando. | Drew Angerer/AFP

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Lanterna voa em frente a hotel iluminado com as cores do arco íris em Orlando.

Pessoas seguram velas durante memorial para as vítimas do ataque à boate Pulse. | Drew Angerer/AFP

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Pessoas seguram velas durante memorial para as vítimas do ataque à boate Pulse.

Em Nova York, pessoas se reúnem em vigília. | KENA BETANCUR/AFP

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Em Nova York, pessoas se reúnem em vigília.

Pessoas formam multidão em Orlando, durante cerimônia de homenagem às vítimas. | JOE RAEDLE/AFP

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Pessoas formam multidão em Orlando, durante cerimônia de homenagem às vítimas.

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