Um grande júri federal acusou formalmente na quarta-feira (19) de três crimes o jovem Jared Lee Loughner, por tentar matar um congressista democrata e dois de seus assistentes em um evento político em Tucson (Arizona, sudoeste), há duas semanas.
O comunicado informa que as autoridades judiciais estão "nas primeiras etapas" da investigação.
"Foram realizados progressos consideráveis em um período curto de tempo", informou o promotor Dennis K. Burke.
Jared disparou com uma pistola semiautomática em um evento político organizado no sábado, dia 8 de janeiro, pela congressista democrata Gabrielle Giffords nos arredores de um supermercado em Tucson, com a presença de vários eleitores.
Jared, de 22 anos, atingiu a deputada americana na cabeça, o que a deixou em estado crítico por vários dias. A bala atravessou o lado esquerdo de seu cérebro.
A deputada respondeu de forma positiva a uma operação no olho, já respira sem a ajuda de aparelhos e é capaz de reconhecer o marido, o astronauta Mark Kelly, segundo informações do próprio.
A previsão é que Gabrielle seja transferida na sexta-feira a um centro de reabilitação em Houston, no Texas.
"Este caso também envolve potenciais acusações de pena de morte, e as normas do Departamento (de Justiça) nos obrigam a seguir um processo deliberado e exaustivo", afirmou o comunicado do Ministério Público, antes de informar que "as acusações de hoje são apenas o começo de nossa ação legal."
"Estamos trabalhando arduamente para garantir que nossa investigação seja exaustiva e que seja feita justiça para as vítimas e suas famílias".
As acusações iniciais contra Loughner têm uma pena máxima de prisão perpétua. Se ele for indiciado posteriormente por assassinato, ele poderá ser condenado à pena de morte.
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