O atirador que matou nove pessoas e acabou morto pela polícia durante um ataque a uma universidade no Oregon tinha em seu poder seis armas, várias munições e colete à prova de bala na hora do massacre. A polícia diz ainda que ele havia deixado outras sete armas em casa. Todo o arsenal foi comprado legalmente. As informações foram divulgadas pelo jornal “The New York Times”.
Xerife diz que não vai “glorificar” ataque identificando assassino
O xerife do Estado norte-americano do Oregon que investiga a morte de estudantes na sala de aula de uma faculdade na quinta-feira (1º) se recusou a identificar o atirador, dizendo que não quer dar fama ao autor do ataque.
Leia a matéria completaUma investigadora disse que Christopher Harper Mercer, 26, já teve 14 armas, algumas compradas por membros de sua família. A facilidade com que adquiriu o armamento reavivou o debate sobre o porte de arma nos Estados Unidos.
O ataque à Umpqua, instituição localizada numa região rural a três horas da cidade de Portland, a maior do Oregon, é o mais recente de uma série de eventos que chocou os Estados Unidos nos últimos meses. Em junho, um atirador motivado por ódio racial matou nove pessoas em uma igreja da Carolina do Sul. Em agosto, um repórter de televisão matou a tiros dois de seus colegas durante uma transmissão ao vivo.
Depressão
A rede “CBS” divulgou nesta sexta-feira (2) que o atirador deixou uma nota antes do ataque, que está em poder da polícia, em que indica sinais de que estaria depressivo e com raiva.
Ainda não se sabe a motivação do crime. Uma estudante da universidade, Kortney Moore, afirmou que o atirador matou sua professora e perguntou para cada uma das pessoas na sala de aula qual eram suas religiões antes de recomeçar a atirar.
Assassino perguntava a religião das vítimas antes de atirar, dizem testemunhas
A polícia do Oregon investiga se o atirador que matou dez pessoas em uma universidade do estado seria simpatizante do Exército Republicano Irlandês, o IRA.
Leia a matéria completaOutra estudante, Janet Willis, disse que se a vítima se dissesse cristã, era baleada na cabeça; caso não fosse cristã ou não respondesse, era baleada nas pernas.
Antes de ser submetida a uma cirurgia de coluna, Anastasia Boylan fez relato semelhante. Ela teria dito aos pais que Mercer entrou na sala de aula já atirando. Os estudantes então se jogaram no chão.
Enquanto recarregava a arma, o atirador ordenou que os alunos se levantassem e perguntou se eles eram cristãos. Segundo Anastasia, ao responderem que sim, ele dizia: “Bom, como você é cristão, verá Deus em um segundo”, e os matava.
Anastasia, 18, que foi atingida por um tiro na coluna, fingiu-se de morta e sobreviveu.
Mercer não era estudante da universidade e sua ligação com a instituição não está clara. Quatro armas foram encontradas no local, três pequenas e uma longa, provavelmente um rifle.
Em entrevista à “NBC”, o pai do atirador se disse “obviamente devastado”. “É um dia trágico para mim e toda minha família. Estou chocado, é tudo que posso dizer”, afirmou Ian Mercer.
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