Autoridades ainda não identificaram autor de disparos
As autoridades da França ainda não identificaram o responsável pelo ataque desta segunda-feira (19) à escola judaica Ozar Hatorah, em Toulouse, no Sudoeste do país, que deixou pelo menos quatro mortos - três crianças e um adulto - e dois feridos. O ministro do Interior da França, Claude Guéant, disse nesta terça-feira (20) que o autor dos disparos foi flagrado por câmeras, mas há dificuldade em identificá-lo porque usava capacete
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O atirador que matou três crianças e um rabino em uma escola judaica na França era um assassino frio e cruel que filmou sua carnificina, afirmou o ministro do Interior francês, Claude Gueant, à medida que o país se preparava para realizar um tributo silencioso às vítimas nesta terça-feira (20). Gueant disse a repórteres que imagens das câmeras de vigilância da escola, em Toulouse, mostraram que o atirador estava gravando seu tiroteio com uma pequena câmera de vídeo presa ao seu pescoço. "Isso adiciona um outro elemento ao perfil do assassino. É alguém que é cruel o suficiente para gravar", disse Gueant em uma escola primária na cidade do sudoeste da França. "Mostra um perfil do assassino como alguém que é muito frio, muito determinado, com gestos precisos e, portanto, muito cruel", acrescentou o ministro. O ataque à escola e a morte de três soldados na semana passada surpreenderam a França e levaram o presidente do país, Nicolas Sarkozy, e outros principais candidatos a suspender temporariamente a campanha para a eleição presidencial no próximo mês. Sarkozy disse que suspenderia a campanha até quarta-feira e a candidata da extrema direita, Marine Le Pen, também fez promessa similar. Gueant disse que a polícia estava seguindo várias pistas sobre os ataques, que compartilhavam algumas características numéricas. Em cada ataque, o atirador chegou em uma scooter roubada e usado um revólver Colt 45. Uma criança que sobreviveu ao ataque falou de seus sentimentos de terror durante o tiroteio na escola. "Estávamos nos preparando para as orações, quando o diretor entrou e gritou que havia um tiroteio. Entrei em pânico e fugi para a cantina antiga e ouvi os tiros, mas não vi nada", disse à rádio France Info um menino de 11 anos que sobreviveu ao ataque. "Pensei que ele ia vir a qualquer momento e acabar com todos nós. Então eu esperei e esperei e depois meu pai veio me buscar", contou o garoto. Sarkozy, que disse na segunda-feira que os assassinatos da escola pareciam ser motivados por racismo, deve participar de uma vigília de um minuto em silêncio às 7h (horário de Brasília) em uma escola secundária em Paris. Escolas em toda a França farão um minuto de silêncio. Os corpos de três das vítimas, que tinham dupla nacionalidade francesa e israelense, devem ser enviados a Israel, mas nenhum detalhe sobre o horário foi divulgado.
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