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Atirador mata 11 pessoas em sinagoga nos EUA

Polícia bloqueia uma estrada perto da sinagoga Árvore da Vida, depois que um atirador abriu fogo em Squirrel Hill, Pensilvânia | ERIC BARADAT/AFP
Polícia bloqueia uma estrada perto da sinagoga Árvore da Vida, depois que um atirador abriu fogo em Squirrel Hill, Pensilvânia (Foto: ERIC BARADAT/AFP)

Um atirador atacou uma sinagoga de Pittsburgh durante um culto neste sábado (27) e matou 11 pessoas. Segundo a Liga Antidifamação (ADL, na sigla em inglês), organização não governamental judaica internacional, este é “provavelmente o pior ataque contra a comunidade judaica na história dos Estados Unidos”.

O suspeito abriu fogo dentro da sinagoga Árvore da Vida durante uma cerimônia. Depois de uma troca de tiros com a polícia, na qual ficou ferido, ele foi detido e identificado como Robert Bowers, 46 anos. Segundo um policial, ele costumava postar declarações antissemitas na internet. O ataque está sendo tratado como um crime de ódio e a polícia acredita que Bowers tenha agido sozinho.

 

Segundo o Washington Post, os mortos incluem uma mulher de 97 anos, marido e mulher, e dois irmãos - todos eles em serviços dentro da sinagoga , quando Bowers supostamente entrou pela porta aberta, gritando insultos anti-semitas e atirando.

O morador de Pittsburgh, de 46 anos, também é acusado de ferir outras seis pessoas, incluindo três policiais mortos durante um tiroteio, e enfrenta uma série de acusações de agressão, homicídio e crimes de ódio.

Os três homens e oito mulheres mortas incluem Rose Mallinger, uma residente de 97 anos do bairro predominantemente judeu; e Cecil e David Rosenthal, dois irmãos na faixa dos 50 e o mais novo das vítimas; e Bernice Simon e seu marido Sylvan, ambos com 80 anos. Também foram mortos Joyce Fienberg, 75; Richard Gottfried, 65; Jerry Rabinowitz, 66; Daniel Stein, 71; Melvin Wax, 88; e Irving Younger, 69. 

Dois outros fiéis ficaram feridos no tiroteio que durou 15 minutos.

Segundo os policiais, o suspeito portava um fuzil e três pistolas. A imprensa americana, com base em relatos de testemunhas, afirma que Bowers, no momento do ataque, falou várias frases expressando o desejo ou a necessidade de matar judeus. "Eles estão cometendo genocídio ao meu povo", disse o suspeito a um agente da SWAT após ser baleado e capturado. "Eu só quero matar judeus".

A polícia está investigando as redes sociais do atirador. De acordo com a CNN, antes do tiroteio, Bowers teria postado na rede social Gab que ele “não pode sentar e assistir meu povo ser abatido”.

Gab, uma rede social que atraiu muitos usuários de extrema direita e promete liberdade de expressão, divulgou um comunicado, dizendo que a empresa suspendeu uma conta que tinha o mesmo nome do suposto atirador e entregou as mensagens ao FBI.

A sinagoga Árvore da Vida está localizada em um bairro residencial arborizado perto da Universidade Carnegie Mellon – um dos maiores bairros predominantemente judeus nos Estados Unidos. Sua congregação "tradicional, progressista e igualitária", formada em 1864, é a mais antiga congregação judaica de Pittsburgh. 

Bowers deve ter sua primeira audiência na segunda-feira (29). 

Trump fala em pena de morte 

Falando a repórteres, o presidente Donald Trump disse que o tiroteio foi "muito mais devastador do que qualquer um pensava originalmente", mas não ofereceu detalhes. "É uma coisa terrível e terrível, o que está acontecendo com o ódio em nosso país, francamente e em todo o mundo, e algo tem que ser feito", disse ele. 

Ele disse que a pena de morte deveria entrar na "moda" e sugeriu que a segurança armada teria feito a diferença. Quando perguntado se todas as igrejas e sinagogas deveriam ter segurança armada, Trump disse: "É certamente uma opção". Quando perguntado se ele deveria rever as leis de armas, Trump disse: "Isso tem pouco a ver com isso, se você der uma olhada. Se eles tivessem proteção por dentro, os resultados teriam sido muito melhores". 

Não está claro se a sinagoga adotava alguma medida de segurança. O rabino da sinagoga, Jeffrey Myers, criticou, na internet,  os políticos eleitos por sua falta de ação na promulgação de legislações de controle de armas depois do tiroteio na escola Parkland. 

"A menos que haja uma reviravolta dramática nas eleições de meio de mandato, temo que o status quo permaneça inalterado e que os tiroteios nas escolas sejam retomados", escreveu Myers. 

Antissemitismo nos EUA

O tiroteio ocorreu durante um pico de atividades antissemitas nos EUA, de acordo com um relatório da Liga Antidifamação, divulgado no início deste ano. De 2016 a 2017, os casos de assédio, vandalismo e assalto antissemitas aumentaram 57%, o maior salto no período de um ano desde que a ADL começou a rastrear os dados na década de 1970.

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