Nova Iorque - Um homem armado com duas pistolas matou ontem ao menos 13 pessoas em um centro de apoio a imigrantes na cidade de Binghamton, 225 km a noroeste de Nova Iorque. A polícia suspeita que um 14º corpo encontrado no prédio seja do próprio atirador, que se matou com um tiro na cabeça. Quatro feridos foram levados a hospitais em condições críticas.
Segundo a imprensa, o atirador era asiático e tinha documentos com o nome de Jiverly Voong, 42, morador de Jonhson City, a 5,4 km de Binghamton. A polícia não confirmou a informação, mas um policial disse em condição de anonimato que esse seria um nome falso usado pelo homem no passado.
O local do ataque é a American Civic Association, que oferece aulas de cidadania, inglês e serviços de aconselhamento a estrangeiros. A diretora do centro, Angela Leach, estava de folga ontem e se disse chocada com o ataque.
"Ouvi tiros, mas nenhum grito. Só silêncio e mais tiros, disse a sobrevivente Zhanar Tokhtabayeva, 30, imigrante do Casaquistão. Ela fazia aula de inglês no momento do ataque e se escondeu com colegas em um depósito. "Pensei que minha vida estava acabada.
As vítimas não haviam sido identificadas até agora, mas segundo a polícia, uma recepcionista e vários alunos que se preparavam para um teste de cidadania estão entre os mortos.
Não se sabe o motivo do ataque.
O crime foi o ataque a tiros nos EUA com mais mortos desde o massacre na universidade Virginia Tech, quando o estudante sul-coreano Cho Seung-hui matou 32 colegas e professores antes de se suicidar em abril de 2007. Assim como nesse massacre, as armas usadas ontem foram compradas legalmente.
Em nota, o presidente Barack Obama se disse "chocado e profundamente entristecido com o ato de violência sem sentido" em Binghamton.
Em conferência em Nova Iorque, o vice-presidente Joe Biden disse que "já é hora de encontrarmos uma forma de acabar com esses ataques sem nenhum sentido nos Estados Unidos.