Ao menos 59 pessoas morreram e outras 527 ficaram feridas na noite deste domingo (1º), após um atirador abrir fogo contra a plateia de um festival de música country ao ar livre em Las Vegas, nos Estados Unidos. Ao menos 14 feridos seguem em estado grave. O caso ocorreu na principal avenida da cidade, a Strip.
Este foi o ataque com maior número de vítimas na história dos Estados Unidos, superando o atentado de 2016 em uma casa noturna em Orlando, Flórida. Na ocasião, um atirador que alegou ter ligações com a organização terrorista Estado Islâmico matou 49 pessoas.
A polícia informou que o processo de identificação dos corpos deve ser demorado. Segundo o Itamaraty, não há informações sobre brasileiros entre as vítimas.
O Estado Islâmico chegou a reivindicar a autoria do atentado, alegando que Paddock era um “soldado” convertido ao islamismo. O FBI informou, no entanto, que não há evidências de ligação do atirador com grupos terroristas internacionais.
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O atirador
A polícia encontrou o atirador morto, no 32º andar do resort Mandalay Bay, que fica em frente ao local onde ocorria o festival, de onde foram disparados os tiros. A suspeita é de que ele tenha se suicidado logo após atirar contra a multidão. Vários armamentos foram encontrados no quarto que o atirador ocupava - pelo menos oito armas de fogo e duas plataformas de apoio.
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O homem foi identificado pela polícia como o morador local Stephen Paddock, 64. Um porta-voz afirmou que a motivação dele para o crime é desconhecida. As autoridades acreditam que ele agiu sozinho e que não tinha ligações com nenhum grupo terrorista. O check in de Paddock no hotel teria sido feito na quinta-feira (28).
Dois carros de propriedade dele foram localizados pela polícia durante a investigação, assim como Marilou Danley, uma mulher que dividiria um apartamento com o atirador. Ela foi interrogada e, conforme a polícia, não é considerada mais “pessoa de interesse”, já que não teria envolvimento no ataque.
A polícia ainda procura um veículo Hyundai Tucson, com placas do estado de Nevada.
"Confirmamos que um suspeito foi morto. A investigação está em curso. Pedimos novamente a todos que não se dirijam ao local neste momento", escreveu a polícia de Las Vegas, em sua conta no Twitter.
ð Ataque terrorista em Las Vegas
â BecaBri (@BecaBrix) 2 de outubro de 2017
Durante show, terrorista abre fogo contra multidão usando uma metralhadora.
pic.twitter.com/Fn9fO8Uwuh
Solidariedade
Pouco tempo depois do ataque, várias pessoas se mobilizaram para ajudar os feridos na tragédia. No Twitter, a polícia publicou que a necessidade de doação de sangue era urgente e informou o endereço do hospital para quem quisesse ajudar. Em um vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver o registro de uma longa fila se formando para doação de sangue.
"Long lines form the Las Vegas blood bank after the mass shooting. People of every age, race and gender coming together...
Publicado por Love What Matters em Segunda, 2 de outubro de 2017
Essa imagem publicada no Facebook também registrou a aglomeração de pessoas que foram até um hospital para doar sangue as vítimas.
Condolências
Sem fazer qualquer menção à discussão sobre porte de armas, o presidente Donald Trump fez um pronunciamento na manhã desta segunda (2) pedindo união ao país. "Em tempos como esses, sei que estamos procurando algum tipo de significado no caos, algum tipo de luz na escuridão. As respostas não vêm facilmente", disse Trump, na Casa Branca, em discurso de cerca de cinco minutos.
O presidente ainda classificou o ataque como um "ato de pura maldade" cuja dor "não podemos entender" e fez referências à Bíblia e a Deus. Nas redes sociais, ele enviou condolências aos familiares das vítimas do atentado. “Deus abençoe vocês”, Trump escreveu no Twitter.
My warmest condolences and sympathies to the victims and families of the terrible Las Vegas shooting. God bless you!
â Donald J. Trump (@realDonaldTrump) October 2, 2017
No momento do ataque, o cantor Jason Alden começava a cantar no festival. Ele também se manifestou nas rede sociais após o ocorrido. “Dói o meu coração que isso tenha acontecido com pessoas que estavam apenas curtindo o que deveria ter sido uma saída divertida”, disse.
O presidente brasileiro Michel Temer também usou as redes sociais para condenar o ataque. "Terríveis as notícias sobre o ataque em Las Vegas. Nosso sentimento de pesar e solidariedade às vítimas, aos familiares e ao povo americano", escreveu Temer no Twitter.
O governador do estado de Nevada, Brian Sandoval, classificou o ato como trágico e hediondo. “Nossas orações estão com as vítimas e todos afetados por esse ato de covardia”, disse ele.
O ministro de relações exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, expressou pesar em um comunicado oficial e disse estar "pronto para ajudar no que for preciso". "O Reino Unido está junto ao povo americano contra essa violência indiscriminada. Meus pensamentos estão com todos aqueles afetados", afirmou.
Johnson informou que seu ministério estava em contato com as autoridades de Las Vegas para verificar se algum cidadão britânico estava presente no momento do ataque.
Os ex-presidentes Bill Clinton e Barack Obama, além de líderes europeus e o primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, também manifestaram suas condolências aos familiares das vítimas do atentado.
Bloqueio
Após o ataque, voos previstos para o Aeroporto Internacional McCarran, em Las Vegas, foram desviados para outras cidades próximas. A polícia também bloqueou diversas ruas na sequência.
Curitibano não consegue ingresso para festival e escapa de massacre em Las Vegas https://t.co/FM8iTZhiqj
â Gazeta do Povo (@gazetadopovo) October 2, 2017
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