Um homem abriu fogo em um posto policial cheio de eleitores neste sábado (28) no nordeste da Índia, em um episódio que expôs as tensões que circundam as eleições no país. Quatro pessoas morreram antes que o atirador fosse morto, segundo informou a polícia. O homem armado estava na fila com outros eleitores do lado de fora de um posto policial usado no processo de votação, mas retirou um revólver quando entrou no prédio e começou a disparar indiscriminadamente, informou Priyo Kumar Singh, superintendente da política do distrito de Chandel, no estado de Manipur.
Dezenas de grupos militantes atuam no nordeste da Índia e a eleição para a Assembleia estadual de Manipur já vinha sendo marcada por ameaças de violência, após sete grupos militantes unirem-se contra o governista Partido do Congresso. Cerca de 35 mil pessoas, além de forças policiais, foram mobilizadas para garantir a segurança nos 2.300 postos de votação espalhados pelo estado.A polícia informou que o atirador era suspeito de ser um membro do Conselho Socialista Nacional de Nagaland (Naga), que luta há décadas pela independência da região. Cerca de 2 milhões de integrantes do Naga moram no nordeste da Índia, na fronteira com Mianmar.
O atirador matou duas pessoas envolvidas na votação, uma autoridade paramilitar e uma mulher antes de oficiais paramilitares o matarem. O posto estava localizado em Thangpi, a cerca de 70 quilômetros ao sul de Impal, capital do estado. "Posso dizer que parece uma missão suicida", disse Singh. "É difícil entender porque só um militante participou do ataque", disse.
A Press Trust India, uma agência de notícias do país, informou ainda que várias supostas bombas também foram encontradas e destruídas antes do início da votação. A agência não citou as fontes da informação e observou que ainda não estava claro que grupo tinha espalhado as supostas bombas.
Centenas de grupos insurgentes do nordeste da Índia buscam independência ou mais autonomia por meio de grupos étnicos, culturais ou políticos diferentes. A maior parte desses grupos acusa o governo indiano de negligenciar e discriminar a região, enquanto explora seus ricos recursos naturais. As informações são da Associated Press.
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