O fanático norueguês anti-islâmico Anders Behring Breivik se queixou nesta quarta-feira (18) de que estava sendo objeto de ridicularização pessoal no tribunal e exigiu que seu massacre a 77 pessoas em julho passado seja julgado como uma batalha contra a imigração.
"Espero que vocês foquem na questão e não na pessoa", disse Breivik, de 33 anos, à corte, visivelmente irritado e girando a caneta em sua mão.
Breivik, que matou oito pessoas em um ataque de carro-bomba em Oslo no dia 22 de julho e depois atirou em outras 69 em um acampamento do Partido Trabalhista, começou a ser julgado na segunda-feira.
Questionado sobre como havia se transformado de um vândalo adolescente na próspera região oeste de Oslo para um assassino metódico, ele disse que havia ajudado a fundar um grupo militante chamado "Cavaleiros Templários" em 2001 e irritou-se com as insinuações da promotoria de que era em grande parte imaginário.
"Sua intenção é de plantar a dúvida se esta rede existiu" ele disse em um certo momento, após contestar repetidamente o jeito com que os promotores formulavam suas perguntas.
Os Cavaleiros Templários originais eram uma fraternidade medieval que perseguia e financiava cruzadas anti-islâmicas.
Breivik afirmou não ser culpado pelas acusações de terrorismo e assassinato e alegou "necessidade". Ele chamou as vítimas de "traidores" com ideias que simpatizavam com imigrantes.
Na terça-feira, primeiro dia em que fez um depoimento direto, disse que os ataques de 11 de setembro de 2001, realizados pela Al Qaeda nos EUA, foram cruciais para a sua radicalização e que sua maior fonte de informação era o Wikipedia, a enciclopédia aberta on-line.
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