Um homem de 45 anos foi identificado pela polícia de Bruxelas como o responsável pelo assassinato de dois suecos nesta segunda-feira (16), após um ataque a tiros na capital belga.
O atirador foi apresentado como Abdesalem. Ele foi baleado em um café no bairro de Schaerbeek durante um confronto com a polícia. Além das vítimas fatais do agressor, uma terceira pessoa ficou ferida na ação, investigada pelas autoridades como um atentado terrorista.
O crime aconteceu no Boulevard d'Ypres, a 5 quilômetros do estádio de futebol onde as seleções da Bélgica e Suécia se enfrentavam nas eliminatórias para a Eurocopa 2024.
Desde que o ataque ocorreu, o país elevou o nível de alerta de terrorismo para o máximo, o 4.
Segundo a polícia belga, acredita-se que o atirador seja de origem tunisiana e vivia de forma ilegal no país, depois de ter seu pedido de asilo rejeitado em 2020.
Ele teria publicado um vídeo no momento do atentado dizendo que "matou pessoas em nome de deus" e a promotoria acredita que ele foi inspirado pelo Estado Islâmico. O caso segue sob investigação.
A ministra do Interior belga, Annelies Verlinden, afirmou à emissora pública VRT que a arma automática encontrada com o acusado no momento da abordagem era a mesma usada no ataque desta segunda-feira (16).
Nesta terça-feira (17), o primeiro-ministro Alexander De Croo concedeu uma entrevista coletiva à imprensa, ocasião na qual classificou o tiroteio como "um ato angustiante de terrorismo". "Os perpetradores tentam incutir o medo, a desconfiança e a divisão nas nossas sociedades livres. Terrorismo. Os terroristas devem compreender que nunca terão sucesso na sua tentativa."
De acordo com os promotores que atuam no caso, a principal hipótese da execução foi a nacionalidade das vítimas.
O Ministério das Relações Exteriores da Suécia enviou uma mensagem de texto aos cidadãos que estão na Bélgica, dizendo para estarem “vigilantes”.
O governo sueco também disse para seus cidadãos não revelarem abertamente a nacionalidade.
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