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Estados Unidos

Atirador se disfarçou de mulher durante ataque e planejou tiroteio durante semanas, diz polícia

Principal suspeito do ataque em Illinois se misturou à multidão após o ataque e foi à casa da mãe, que mora nas proximidades; motivações ainda não foram esclarecidas (Foto: EFE/EPA/TANNEN MAURY)

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Robert Crimo, o homem detido pelo tiroteio de segunda-feira (4) que deixou seis mortos e 30 feridos em Highland Park, no estado americano de Illinois, planejou o ataque durante semanas e o cometeu disfarçado de mulher para não levantar suspeitas, informaram as autoridades nesta terça-feira (5).

O vice-diretor do Departamento do Xerife do condado de Lake, Christopher Covelli, disse que Crimo tem 21 anos, e não 22 como noticiado no dia anterior, e que as suas motivações ainda não foram esclarecidas.

“Acreditamos que ele planejou este ataque durante semanas. Levou um rifle de alta potência para o desfile, foi ao telhado de uma loja através da escada de incêndio e começou a abrir fogo sobre os inocentes participantes na celebração do Dia da Independência”, disse Covelli em entrevista coletiva.

De acordo com Covelli, o suspeito, que agiu sozinho, se vestiu de mulher para esconder as tatuagens faciais e a identidade.

As autoridades entrevistaram testemunhas e sobreviventes do incidente e analisaram as imagens de vídeo gravadas com celulares.

Covelli explicou que o suposto atirador, que disparou mais de 70 tiros contra a multidão, comprou a arma legalmente em Illinois.

Após o tiroteio, Crimo deixou o telhado do qual disparou, jogou o rifle e se misturou com a multidão como se fosse apenas mais um frequentador do evento, para ir à casa da mãe, que reside nas proximidades.

Depois, usou o veículo da mãe para fugir, mas foi interceptado enquanto tentava escapar. Dentro desse carro, a polícia encontrou um segundo rifle.

Há um mês, 19 menores de idade e dois professores foram mortos a tiros por um jovem de 18 anos que invadiu uma escola primária em Uvalde, no Texas, com um fuzil semiautomático adquirido legalmente.

Após este ataque e outro em Buffalo, em Nova York, no qual morreram dez pessoas, o Congresso aprovou em junho um aumento no controle das armas de fogo, com um acordo entre democratas e republicanos.

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