Aaron Alexis, o atirador que matou 12 pessoas na segunda-feira num estaleiro da Marinha no distrito de Washington, nos EUA, tinha um histórico de problemas mentais e procurou tratamento no Departamento de Assuntos de Veteranos, segundo autoridades ligadas à investigação.
Alexis, de 34 anos, tinha sido reservista da Marinha e procurou tratamento para paranoia e outros problemas. O suspeito dissera a colegas que estava "ouvindo vozes" e que as pessoas "enviavam vibrações" que o impediam de dormir. Alexis foi morto por policiais durante o tiroteio. Outras oito pessoas ficaram feridas.
Oficiais da Marinha também relataram alguns problemas de comportamento. Depois de entrar para a Marinha em 2007 e até sair, em janeiro de 2011, foram registradas entre 8 e 10 condutas criminais, dentre elas insubordinação, desordem e ausências não autorizadas do trabalho.
Agentes do FBI tentam descobrir se a saúde mental de Alexis piorou no último ano. Familiares de Alexis foram entrevistados na segunda-feira em Nova York. Seus parentes disseram às autoridades que ele tinha problemas mentais e que procurou tratamento.
Em 2004, quando foi interrogado por causa de um incidente em que atirou contra os pneus de um carro em Seattle, Alexis disse à polícia que sofria de problemas psiquiátricos. Naquela época, seu pai disse à polícia que o filho sofria de estresse pós-traumático porque estava em Nova York durante os ataques terroristas do 11 de Setembro.
Alexis não serviu em combate no exterior e foi forçado a sair das Forças Armadas após outro incidente relacionado a armas em 2010. Funcionários do Pentágono descreveram Alexis como um marinheiro problemático, com um histórico de questões que fizeram com que seu comandante tentasse retirá-lo da Marinha. Mas Alexis pediu para sair da Marinha em 2010 e foi exonerado com honras em janeiro de 2011 por um programa de saída antecipada.