O ativista agrícola José Bové entrou na corrida presidencial francesa na quarta-feira, prometendo defender os eleitores desiludidos pelos partidos tradicionais.
``É para todas essas pessoas, a França invisível, que eu anuncio nesta manhã que sou candidato'', disse ele ao jornal Le Parisien, numa entrevista que será publicada na edição de quinta-feira da publicação.
O ativista radical ganhou notoriedade internacional em 1999, quando saqueou o local onde era construída uma loja da rede norte-americana de fast-food McDonald's na cidade de Millau.
Bové, que além de restaurantes fast-food também atacou plantações de organismos geneticamente modificados, pode não ter esperanças de se eleger, mas seu conhecido perfil pode colocar os holofotes sobre as posições que defende.
``As pessoas têm de estar no coração das decisões'', disse ele. ``A ecologia e a luta contra a globalização são as minhas duas outras prioridades.''
Embora Bové não tenha o apoio formal de um partido, o potencial de um azarão causar surpresas foi mostrado em 2002, quando eleitores esquerdistas descontentes não compareceram às urnas e provocaram uma humilhante derrota no primeiro turno para o candidato socialista Lionel Jospin.
O ativista, no entanto, pode ter dificuldades em conseguir as 500 assinaturas de prefeitos necessárias para registrar sua candidatura em abril.
