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Helen Suzman, uma das mais notáveis ativistas antiapartheid da África do Sul, morreu nesta quinta-feira aos 91 anos.

Suzman foi por 36 anos a mais famosa mulher branca a combater o apartheid, promovendo uma batalha parlamentar firme e muitas vezes solitária para emancipar a maioria negra do país.

Suzman se tornou uma das únicas pessoas brancas a ganhar o respeitos dos sul-africanos negros quando começou a fazer visitas frequentes ao líder Nelson Mandela na prisão. Mandela havia sido condenado à prisão perpétua em 1964.

A Fundação Nelson Mandela disse que a África do Sul perdeu uma "grande patriota e destemida combatente contra o apartheid".

A filha de Suzmam Frances Jowell foi citada pela agência de notícias Sapa dizendo que sua mãe morreu de maneira pacífica em sua casa em Johanesburgo.

Relembrando a primeira visita de Suzman à seção B da prisão de Robben Island em 1967, Mandela disse uma vez: "Foi uma visão estranha e maravilhosa, essa mulher corajosa observando nossas celas e passando pelo pátio. Ela foi a primeira e única mulher a passar por nossas celas".

Suzman e Mandela, que foi libertado da prisão em 1990, se tornaram bons amigos depois que ele foi eleito o primeiro presidente negro da África do Sul em 1994.

Apesar do final do apartheid na África do Sul, há ainda grandes lembranças do racismo institucionalizado combatido pelos dois.

Milhões de negros privados de oportunidades econômicas durante o apartheid ainda vivem em pobreza em vilas sombrias.

O Congresso Nacional Africano (ANC), que ajudou a acabar com o apartheid, tem sido atingido por disputas de poder, o que segundo críticos ofuscou questões cruciais como a pobreza, o crime, e a Aids.

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