Quatro dias depois de deixar a cadeia na Rússia, a ativista brasileira Ana Paula Maciel, 31, encontrou sua mãe em São Petersburgo.

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A motorista Rosângela Maciel, 56, deixou Porto Alegre na última sexta-feira (22) e chegou à cidade hoje por volta de 17 horas (11h no Brasil), acompanhada de uma sobrinha de Ana Paula, Alessandra, 18.

É a primeira vez que as duas encontram desde que Ana Paula Maciel deixou o Brasil, em junho, rumo a Amsterdã (Holanda), onde ela embarcou com os colegas de Greenpeace no navio Arctic Sunrise, detido pelas autoridades russas em 19 de setembro.

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Naquele dia, a bióloga brasileira foi presa junto com outros 29 ativistas. Ela deixou a prisão mediante a fiança na última quarta-feira, mas não pode deixar o país até o fim das investigações, em que pode ser condenada por pirataria e vandalismo, crimes que chegam a até 15 anos de prisão.

Reencontro

A chegada da mãe dela foi marcada pela emoção e choro de ambas no desembarque do aeroporto de São Petersburgo, cidade onde Ana Paula deverá ficar nos próximos meses à espera de uma definição do processo."A sensação é incrível. Com ela aqui do meu lado, me sinto muito mais forte", disse Ana Paula. "É muito bom e gratificante vê-la, abraçá-la e beijá-la. É bem mais diferente do que pela televisão. Estou muito cansada, mas feliz", celebrou a mãe, que deve ficar até sexta-feira na Rússia.

Liberdade provisória

Os ativistas em liberdade provisória na Rússia, entre eles Ana Paula, podem receber autorização de residência fixa no país durante a investigação sobre o caso.O serviço de imigração russo e a Justiça local buscam essa solução para mantê-los no país, já que, teoricamente, eles não são turistas, nem imigrantes ilegais -estão na Rússia por força das autoridades locais.

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Hoje, além da chegada da mãe, Ana Paula recebeu a visita de uma diplomata da Embaixada brasileira na Rússia para discutirem o assunto. Tudo dependerá do que a Justiça russa dirá nos próximos dias.

Ao todo, segundo o Greenpeace, 28 dos 30 que foram presos já estão soltos e hospedados num hotel em São Petersburgo.Os passaportes foram devolvidos pela Justiça, inclusive o da brasileira, mas ninguém se atreve a falar em deixar a Rússia. No caso dela, menos ainda, já que a Embaixada brasileira em Moscou deu garantia formal às autoridades locais de que ela não deixaria o país se fosse solta temporariamente, o que inviabiliza, por enquanto, qualquer plano de retornar ao Brasil.