Presa há quase um mês acusada de pirataria, a bióloga brasileira Ana Paula Maciel apareceu nesta quinta-feira (17) dentro de uma cela segurando um cartaz pedindo para voltar para casa. A apelação dos advogados do Greenpeace para que a ativista possa responder o processo em liberdade, prevista para hoje, foi adiada. Ela participaria de uma audiência pela manhã. O depoimento, no entanto, não ocorreu por falta de um tradutor juramentado. Por enquanto, não há outra data marcada.
No cartaz, escrito em inglês, Ana Paula exibe a frase: "Eu amo a Rússia, mas me deixem voltar para casa".
Até agora, segundo o Greenpeace, a Justiça russa negou o pedido de liberdade provisória, sob fiança, a 15 ativistas. O grupo de 30 pessoas, incluindo dois jornalistas, está em prisão preventiva desde 19 de setembro, após um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico, a partir de uma embarcação do Greenpeace. A pena por este tipo de crime pode chegar a 15 anos de prisão.
Além de Ana Paula, um ativista argentino também não concedeu depoimento devido à falta de tradutor. Ao portal G1, a mãe de Ana Paula, a transportadora escolar Rosângela Maciel considerou positivo o adiamento. Para ela, isso demonstra uma falta de preparo do tribunal russo para conduzir o caso.
"Agora poderemos ter mais tempo. É mais um argumento que os advogados podem alegar, que eles (a Justiça russa) não têm nem preparo para julgar uma brasileira",- afirmou Rosângela.
Na última terça-feira, o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, disse que espera que Ana Paula Maciel possa aguardar o julgamento em liberdade.
"Desde o primeiro instante, logo que fui informado da detenção desse grupo do Greenpeace, determinei que fosse enviado um agente consular, para que fosse dada toda a atenção à cidadã brasileira", disse Figueiredo.
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