O ativista indiano Anna Hazare acabou ontem, um dia antes do previsto, com seu jejum para pressionar pela aprovação de uma lei anticorrupção mais ambiciosa do que a que está prestes a ser aprovada no Parlamento.
À preocupante saúde de Hazare, a imprensa acrescentou como causa da decisão a falta de apoio popular a este novo desafio contra o Executivo, que contrasta com a onda de protestos que percorreu a Índia em agosto, quando o ativista esteve até mesmo preso.
Na época, este seguidor de Gandhi de 74 anos contou com o apoio de milhares de pessoas em sua greve de fome e pôs em xeque o Governo presidido por Manmohan Singh, que se viu obrigado a acelerar o trâmite legislativo.
Hazare rompeu seu jejum após afirmar que já estava há quatro dias sem comer e que havia uma maneira melhor de lutar contra o que considera um engano do Partido do Congresso.
Os médicos advertiram ontem sobre a deterioração de saúde do ativista, que sofre de problemas renais, se persistisse com a greve de fome. A falta de apoiadores ao jejum foi relativizada por Hazare, que atribuíu a baixa adesão às dificuldades do transporte público em Mumbai.