Raquel Evita Saraswati, ex-diretora de igualdade, inclusão e cultura do American Friends Service Committee (AFSC)| Foto: Reprodução
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Raquel Evita Saraswati, diretora de igualdade, inclusão e cultura do American Friends Service Committee (AFSC), uma instituição quaker de caridade, renunciou seu cargo no último dia 27, após revelações de que havia se apresentado erroneamente como "latinx" e árabe.

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Layne Mullett, porta-voz da AFSC, confirmou que Saraswati deixou a organização.

"Raquel Saraswati, que está enfrentando alegações públicas de deturpação de seus antecedentes e associações passadas, nos informou de sua intenção de se separar da organização", escreveu Mullett em uma declaração ao jornal USA Today.

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Uma carta aberta no início de fevereiro circulou anonimamente por membros da comunidade e funcionários preocupados com as alegações de que Saraswati, nascida Rachael Elizabeth Seidel, estava engajada no "vulturismo cultural" ao fabricar sua identidade.

Seidel é na verdade parte alemã e italiana e se converteu ao islamismo.

Na repercussão das revelações, o The Intercept confirmou com a mãe de Saraswati, Carol Perone, que a coisa toda era uma farsa. "Eu a chamo de Rachael", disse Perone. "Não sei porque ela está fazendo o que está fazendo".

"Eu sou tão branca quanto a neve. E ela também é", acrescentou Perone.

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A proeminente documentarista Laila Al-Arian já tinha criticado Saraswiti abertamente. "Não se trata de 'provar' sua herança, mas de mentir, deturpar e aproveitar oportunidades de outras mulheres de cor", disse Al-Arian no Twitter em meados de fevereiro. Al-Arian também a chamou de "Dolezal da comunidade muçulmana".

A história de Saraswati de fato se assemelha ao infame caso de Dolezal, uma mulher branca que se identificou como negra durante anos. Dolezal fez carreira em uma filial local da NAACP (Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor) em Spokane, Washington, tornando-se finalmente presidente da filial antes que sua identidade verdadeira fosse divulgada.

"Para mim, a maneira como me sinto é mais poderosa do que como nasci. E não digo isso para ter uma saída fácil. Esta tem sido a jornada da minha vida. Não é algo que posso usar ou não de acordo com o momento, só para ter vantagens ou deixar as pessoas felizes", afirmou Dolezal ao Guardian em 2015. "Se alguém me perguntar como eu me identifico, eu me identifico como negra. Nada sobre ser branca descreve quem eu sou".

Saraswati foi anteriormente nomeada a Mulher do Ano pela filial da Organização Nacional das Mulheres da Filadélfia e faz parte da Comissão de Assuntos LGBT da cidade.

Saraswati também foi uma oradora ocasionalmente convidada para programas de televisão, incluindo os canais Fox News e Al Jazeera.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
Copyright 2023 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.