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Artista e dissidente Luis Manuel Otero Alcántara teve destacada sua “postura intransigente contra a autocracia”
Artista e dissidente Luis Manuel Otero Alcántara teve destacada sua “postura intransigente contra a autocracia”| Foto: Reprodução/Facebook

Ativistas e defensores dos direitos humanos celebraram nesta quarta-feira (15) a inclusão do artista e dissidente Luis Manuel Otero Alcántara - atualmente preso em Cuba - entre as cem pessoas mais influentes de 2021 da revista americana Time.

A publicação com sede em Nova Iorque destacou a luta pela liberdade de expressão e a “postura intransigente contra a autocracia” do líder do Movimento San Isidro (MSI), considerado um “prisioneiro de consciência” pela Anistia Internacional (AI).

Nesse sentido, a diretora da AI para as Américas, Erika Guevara Rosas, pediu no Twitter a libertação do artista de 33 anos, preso desde 11 de julho, quando eclodiram os protestos em massa contra o governo cubano. O governo cubano “continua a atentando contra a vida de centenas de pessoas injustamente presas apenas por exigir direitos humanos em Cuba”, escreveu a advogada e feminista.

Outros conhecidos opositores e ativistas cubanos também estão atualmente presos, como o líder da União Patriótica de Cuba (Unpacu), José Daniel Ferrer, e o artista Hamlet Lavastida, além de centenas de cidadãos que protestaram em 11 de julho contra o governo, denunciado por organizações de direitos humanos.

Por sua vez, a ativista María Matienzo disse que “meu amigo está entre as cem pessoas mais influentes”, em referência a Otero Alcántara, enquanto apelava pela liberdade do artista conhecido por suas expressões críticas ao governo cubano.

A revista feminista independente Alas Tensas também compartilhou a lista da Time, que inclui o presidente salvadorenho Nayib Bukele, o rapper porto-riquenho Bad Bunny e outros ativistas por diferentes causas do Brasil, México, Chile e Honduras.

Outros cubanos que apareceram na capa da Time foram o ex-ditador Raúl Castro, em 2015, e a jornalista independente Yoani Sánchez, em 2008.

O governo cubano considera Otero Alcántara um “mercenário” e que ele é um agente a serviço dos Estados Unidos para subverter a ordem em Cuba, acusação que também é dirigida a outros opositores e ativistas críticos.

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