
Soldados agrediram dezenas de homens e mulheres em uma região usbeque na principal cidade do sul do Quirguistão ontem, denunciou o grupo de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch (HRW). A ação acirrou o medo dos centenas de milhares de refugiados de retornarem às suas casas após a onda de violência, que matou cerca de 2 mil. Mais de 400 mil usbeques em sua maioria mulheres e crianças estão em acampamentos na área da fronteira entre o Quirguistão e o Usbequistão, com medo de voltar para casa. Segundo Anna Neistat, do HRW, tropas quirguizes se movimentaram antes do amanhecer na região de Cheryomushki, na cidade de Osh, e tomaram um dos poucos prédios que não foram destruídos pela onda de distúrbios, que teve início na área há cerca de dez dias.
O local servia de abrigo e hospital para os poucos usbeques que permaneciam na região.
As tropas forçaram os homens a se deitarem no chão, os agrediram e detiveram 12 deles, segundo Neistat.
De acordo com a HRW, os soldados também bateram em algumas mulheres e levaram objetos de valor.
O porta-voz militar Timur Sharshenaliev disse que 12 pessoas foram detidas por suspeita de posse ilegal de armas e de incitar manifestações em massa.
Segundo ele, tais operações de segurança também foram realizadas em duas outras regiões usbeques de Osh. A presidente interina do Quirguistão, Roza Otunbayeva, acusa o ex-presidente Kurmanbek Bakiyev, em autoexílio na Bielo-Rússia, de orquestrar a onda de violência para prejudicar o referendo sobre a nova Constituição, marcado para o próximo domingo.
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