Dezessete ativistas pró-democracia estrangeiros deixaram o Egito nesta terça-feira, segundo autoridades americanas e egípcias. A medida foi tomada após o grupo ser acusado de fomentar e promover protestos contra o governo, de trabalhar no país sem registro oficial e de receber ilegalmente apoio financeiro internacional. Os réus são ativistas americanos, britânicos, palestinos, noruegueses, sérvios, alemães e egípcios. Um deles é Sam LaHood, filho do secretário de Transportes dos Estados Unidos, Ray LaHood. Para liberá-los, o governo dos Estados Unidos pagou uma fiança de cerca de US$ 5 milhões.
Para as autoridades egípcias, o trabalho dos integrantes de ONGs é parte de uma interferência internacional que influenciou os protestos contra a junta milita que controla o país atualmente. Em comunicado, o grupo informou que acatou a decisão e que espera que as acusações contra expatriados e colaboradores egípcios sejam julgadas como improcedentes.
Os juízes escolhidos renunciaram o caso, afirmando que estavam com vergonha e sem confirmar se as acusações serão retiradas. Críticos afirmam que a investigação é uma forma de silenciar os opositores do governo. Mas oficiais do Egito desmentem, afirmando que o caso não é uma questão política, e sim de justiça.
Os trabalhos realizados no país foram apoiados por ONGs como Instituto Republicano Internacional, Centro Internacional de Jornalistas, Fundação Konrad Adenauer e Casa da Liberdade.