A polícia russa deteve cerca de 30 ativistas pró e anti-gay no centro de Moscou no sábado (25), aplicando a proibição sobre manifestações pelos direitos dos homossexuais.
As prisões, que ressaltam a dura resposta da Rússia a manifestações públicas por parte de grupos gays, coincidiu com a primeira marcha gay na vizinha Ucrânia, que foi autorizada pelas autoridades e protegida pela polícia.
O Parlamento russo deu aprovação preliminar para a proibição da "propaganda homossexual" dirigida a menores, que os críticos dizem que na prática banirá manifestações pelos direitos gays.
A legislação provocou condenação do exterior, mas o presidente Vladimir Putin rejeitou as críticas, dizendo que a Rússia não discrimina os homossexuais.
A base tradicional de apoio de Putin está entre os eleitores conservadores, incluindo os membros da Igreja Ortodoxa Russa, alguns dos quais apareceram para mostrar sua desaprovação à manifestação de sábado.
Algumas dezenas de ativistas dos direitos gays se reuniram em frente ao prédio da Duma, a Câmara dos Deputados da Rússia, assim como em uma praça nas proximidades.
"É um ultraje que não permitam uma parada gay ... mas eu estou contente que não houve brigas, como na Geórgia", disse Alexander Asman, que se descreveu como um simpatizante gay e um observador, poucos minutos antes de ser detido pela polícia.