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Ucrânia

Ativistas pró-Rússia declaram a independência de Donetsk

Manifestantes pró-Rússia ao lado de senhoras com seus cobertores perto de uma barricada diante de um prédio público em Donetsk | Reuters
Manifestantes pró-Rússia ao lado de senhoras com seus cobertores perto de uma barricada diante de um prédio público em Donetsk (Foto: Reuters)
Grupos a favor e contra a Rússia entram em conflito em Kharkiv |

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Grupos a favor e contra a Rússia entram em conflito em Kharkiv

Homem olha para um grafite do presidente russo Vladimir Putin |

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Homem olha para um grafite do presidente russo Vladimir Putin

Um dia depois de invadir prédios do governo ucraniano, ativistas pró-Rússia declararam independência e convocaram um referendo em Donetsk, no leste do país, aumentando a tensão na região.

Os governos da Ucrânia e dos Estados Unidos acusam a Rússia de estar por trás dessas ações, que se já estendem por outras cidades de relevância política e econômica, como Kharkov e Lugansk.

"O roteiro está escrito pela Rússia e seu único objetivo é desmembrar a Ucrânia. Não vamos permitir", acusou o primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk.

O leste ucraniano, onde a língua russa predomina, é estratégico para Kiev, principalmente Donetsk, centro industrial e de negócios.

Cerca de 2 mil militantes pró-Rússia anunciaram um Conselho Popular de Donetsk, em que não reconhecem o governo ucraniano.

Um homem em um auditório do prédio do governo local anunciou a independência e foi aplaudido pelos presentes. Como a região metropolitana de Donetsk é extensa, ainda é muito cedo para falar em separação de fato.

Segundo a rede CNN, tropas especiais da Ucrânia haviam retomado a sede das forças de segurança de Donetsk, retirando os manifestantes.

Prometendo um referendo para 11 de maio, os ativistas pediram ajuda à Rússia. "Estamos prontos para lutar por nossas ideias, mas sem a ajuda da Rússia não será fácil resistir", disse um deles.

O governo dos EUA mantém a crítica aos russos, a quem acusa de estar por trás dessas ações.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que o presidente Vladimir Putin tem de parar de "desestabilizar" a região e disse ter informações de que manifestantes pró-Rússia estariam sendo pagos para agir.

"Estamos preparados para novas sanções contra a economia russa", disse.

O governo russo tem negado envolvimento nos recentes episódios. Ontem, o Ministério de Relações Exteriores disse que Kiev precisa parar de culpar a Rússia pelos "problemas" da Ucrânia.

Outras

A cidade de Kharkov, a segunda maior da Ucrânia, teve a sede do governo tomada por ativistas, que exigem a criação de uma federação na Ucrânia. Em Lugansk, capital da região homônima, ativistas a favor de Moscou controlam a sede do Serviço de Segurança da Ucrânia desde domingo.

Área de busca pelo Boeing é restringida

A agência australiana que coordena as buscas pelo Boeing 777 da Malaysia Airlines restringiu a área de operações. Hoje, as buscas serão feitas em uma região de 77.580 km2 a 2.268 km da cidade australiana de Perth. Serão usados até 11 aviões militares, 3 aviões civis e 14 navios, segundo o comunicado da agência.

Ontem, até nove aviões militares e três civis, além de 14 navios participaram das buscas em uma área de 234 mil km2.

O ex-chefe das Forças Armadas australianas, Angus Houston, que coordena as operações no oceano Índico, disse que o sinal captado pelo navio australiano HMAS Ocean Shield é a "pista mais promissora" até agora.

O navio equipado com um detector americano, o Towed Pinger Locator, captou ontem um sinal sonoro que, contudo, pode não ser necessariamente das caixas-pretas do voo MH370, que desapareceu em 8 de março, 40 minutos depois de decolar de Kuala Lumpur rumo a Pequim.

Os sinais captados a cerca de 1700 km da cidade australiana de Perth tinham as mesmas características de sinais transmitidos por caixas-pretas.

Enquanto o esforço para localizar as caixas-pretas pode levar meses, os sinais emitidos por esses equipamentos devem acabar nesta semana, já que sua bateria dura cerca de 30 dias.

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