Manifestantes sírios pediram nesta sexta-feira proteção internacional contra a repressão militar aos protestos pelo fim do regime do presidente Bashar al-Assad, que já duram quase seis meses.
Ativistas disseram que uma grande multidão tomou parte de uma passeata na cidade de Homs, onde os militares e milicianos leais a Assad fizeram investidas esta semana em vários bairros, e na cidade de Deir al-Zor, que foi tomada por tanques no mês passado.
Houve também protestos em subúrbios da capital, Damasco, na região curda, situada no nordeste do país, na província de Idlib, que fica a noroeste e perto da Turquia, e na região sul, área de fronteira com a Jordânia.
Os protestos são parte da onda de levantes populares no mundo árabe contra regimes autocráticos. Assad vem reagindo às manifestações com investidas militares, as quais já causaram a morte de 2.200 pessoas, segundo as Nações Unidas.
"O povo sírio exige proteção internacional aos civis", dizia uma faixa em Idlib. Em Hajar al-Aswad, no limite sul de Damasco, manifestantes levavam uma antiga bandeira síria, do período anterior à tomada de poder cerca de meio século atrás pelo Partido Baath, de Assad.
"Depois de todas essas matanças e ataques, onde está a proteção internacional?", dizia uma faixa levada por um manifestante, que gritava: "O povo quer a execução de Assad."
Essa foi a primeira vez que a oposição síria pediu diretamente a intervenção internacional.
A Comissão Geral da Revolução Síria, entidade que agrupa grupos de ativistas, fez um apelo às potências mundiais para que enviem observadores da situação dos direitos humanos para assim ajudar a deter os ataques militares contra civis.
Na quinta-feira as forças sírias revistaram várias casas e prenderam dezenas de pessoas na cidade de Homs, depois de operações militares que mataram pelo menos 27 civis na quarta-feira.
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