A nadadora transgênero Lia Thomas, da Universidade da Pensilvânia (EUA), tem quebrado uma série de recordes na natação feminina, o que gerou descontentamento entre suas colegas de equipe, segundo o relato anônimo de uma nadadora.
Lia Thomas, 22 anos, que competiu como homem durante três anos, recentemente quebrou recordes nas competições universitárias do país nas categorias de 200 metros e 500 metros de nado livre. Na semana passada, Thomas estabeleceu um novo recorde nos 1650 metros, chegando 38 segundos à frente da segunda colocada.
Uma colega do time feminino de natação da Universidade da Pensilvânia relatou ao site Outkick que a maioria dos membros da equipe já manifestou descontentamento sobre a situação para o seu treinador, Mike Schnur.
"Basicamente todo mundo individualmente falou com os nossos treinadores para dizer que não gosta disso", falou a nadadora, sob condição de anonimato, temendo que sua opinião prejudique suas perspectivas de emprego depois de se formar. "Nosso treinador gosta muito de ganhar. Ele é como a maioria dos treinadores. Eu acho que secretamente todo mundo sabe que essa é a coisa errada a se fazer".
"Quando o time inteiro está junto, nós temos que dizer: 'meu Deus, Lia, você é ótima, você é incrível'. É tudo muito falso", disse a atleta.
A Associação Nacional de Atletismo Universitário (NCAA, na sigla em inglês) permite que atletas transgênero participem das competições como mulheres depois da conclusão de um ano de tratamento para supressão de testosterona.
Segundo a atleta que conversou com o Outkick, se Lia Thomas alcançar os seus melhores tempos que registrou enquanto competia como homem, ela terá quebrados recordes mundiais femininos.
"Se Lia Thomas voltar aos melhores tempos de Will Thomas, esses números são recordes mundiais femininos. Mais rápido do que todas as vezes que [a nadadora e medalhista olímpica americana] Katie Ledecky nadou competindo para a faculdade. Mais rápido do que qualquer outra atleta olímpica que você possa imaginar. Os tempos dele em três eventos são recordes mundiais [femininos]."
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