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Prova feminina dos 3 mil metros com obstáculos em evento da World Athletics em Madri, em junho do ano passado
Prova feminina dos 3 mil metros com obstáculos em evento da World Athletics em Madri, em junho do ano passado| Foto: EFE/Rodrigo Jiménez

A Federação Internacional de Atletismo (World Athletics) proibiu atletas transgênero de competir em categorias femininas nos eventos internacionais. De acordo com a decisão, a partir de 31 de março, nenhuma pessoa que passou pela puberdade masculina terá permissão para participar de competições no ranking mundial feminino.

O presidente da Federação, Sebastian Coe, explicou não se tratar de um “não para sempre”, uma vez que um grupo de trabalho será criado para conduzir mais pesquisas sobre as regras de elegibilidade de transgêneros. Atualmente, observou Coe, não há atletas transgênero competindo internacionalmente. Segundo ele, a decisão foi “guiada pelo princípio abrangente que é proteger a categoria feminina”.

O órgão também votou pela redução pela metade dos níveis de testosterona no sangue de atletas com distúrbios da diferenciação sexual (DDS). Nesse caso, será preciso manter menos de 2,5 nanomols do hormônio por litro de sangue, por pelo menos dois anos, antes de competir em categorias femininas de atletismo. Para atletas DDS que já competiam em eventos sem restrição, a exigência será da redução dos níveis de testosterona por seis meses, no mínimo, antes de participar de novas competições.

“As decisões são sempre difíceis quando envolvem necessidades e direitos conflitantes entre diferentes grupos, mas continuamos a ter a visão de que devemos manter a justiça para as atletas femininas acima de todas as outras considerações”, justificou Coe.

“Seremos guiados pela ciência em torno do desempenho físico e da vantagem masculina, que inevitavelmente se desenvolverá nos próximos anos. À medida que mais evidências estiverem disponíveis, revisaremos nossa posição, mas acreditamos que a integridade da categoria feminina no atletismo é fundamental”, completou.

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