O presidente da França, Emmanuel Macron: governo francês registrou número recorde de episódios envolvendo antissemitismo| Foto: Omer Messinger/EFE
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Um relatório divulgado nesta quinta-feira (25) pelo Conselho Representativo das Instituições Judaicas da França (Crif) apontou que os episódios de antissemitismo quase quadruplicaram no país em 2023.

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De acordo com os dados coletados, de maio a setembro do ano passado, a França registrou cerca de 40 atos antissemitas a cada 30 dias. Nos últimos três meses do ano, a explosão de casos chamou ainda mais atenção: 563 ocorrências em outubro, quando a guerra no Oriente Médio teve início, 504 em novembro e 175 em dezembro.

Durante todo o ano de 2022, foram registradas 436 ocorrências em todo o país, enquanto 1.676 ações de incitação ao ódio e discriminação aos judeus foram apontadas no ano posterior.

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Em entrevista à agência AFP, o presidente do Crif, Yonathan Arfi, afirmou que a França não havia registrado um nível tão elevado de antissemitismo desde a Segunda Guerra Mundial. O país conta com a maior comunidade judaica da Europa, composta por cerca de 500 mil pessoas.

Mais da metade dos episódios de violência (58%) que foram notificados aos órgãos públicos envolvem ações física, palavras e gestos ameaçadores contra judeus, de acordo com o relatório, que buscou dados dos ministérios da Educação, do Interior e pelo Serviço de Proteção à Comunidade Judaica (SPCJ).

Gestos ameaçadores representaram mais de 40% dos casos e aconteceram principalmente em ambientes privados (32%) e nas ruas (20,4%), com menor incidência (7,5%) na internet.

Nas escolas, os atos antissemitas chegaram a 12,7%. "Pela primeira vez em muito tempo, as próximas gerações estarão mais expostas ao preconceito antissemita do que as gerações anteriores", afirma Yonathan Arfi.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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