Uma nova jornada nacional de greves prejudica nesta quinta-feira (28) o transporte aéreo e ferroviário na França, mas os protestos contra a reforma previdenciária cujo texto definitivo foi aprovado na véspera pelo Parlamento perderam força pelo país.
No total, 560 mil pessoas foram às ruas contra as novas regras, segundo números divulgados pelo Ministério do Interior - o que corresponde à metade dos participantes nas manifestações de meados de outubro. Os sindicatos, através da CGT, avaliaram, por sua vez, a mobilização de 2 milhões de pessoas.
Os voos internacionais tiveram uma redução de 30% a 50% por causa da paralisação dos controladores de voo, e os serviços ferroviários também foram reduzidos à metade - embora com menos transtornos do que em greves anteriores.
O governo de Nicolas Sarkozy resistiu à onda de greve dos últimos dois anos e está levando adiante a reforma previdenciária, que eleva a idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos.
A paralisação desta quinta-feira foi a sétima jornada de protesto convocada pelos sindicatos, que marcaram uma nova greve geral para 6 de novembro. Várias passeatas estão programadas para esta quinta-feira, incluindo em Paris.
Mas Jean-Claudi Mailly, dirigente da central sindical Force Ouvrière, admitiu que os protestos estão demonstrando "uma pequena fadiga", apesar de a lei ainda não ter sido sancionada por Sarkozy. "Isso deixará profundas cicatrizes", afirmou.
Paralelamente, uma greve de portuários no terminal petrolífero de Fos-Lavéra (sul), que já dura um mês, impede a chegada de petróleo bruto a várias refinarias.
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