Jovens são presos durante manifestações contra a reforma da previdência aprovada na França.| Foto: REUTERS/Stephane Mahe

Uma nova jornada nacional de greves prejudica nesta quinta-feira (28) o transporte aéreo e ferroviário na França, mas os protestos contra a reforma previdenciária cujo texto definitivo foi aprovado na véspera pelo Parlamento perderam força pelo país.

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No total, 560 mil pessoas foram às ruas contra as novas regras, segundo números divulgados pelo Ministério do Interior - o que corresponde à metade dos participantes nas manifestações de meados de outubro. Os sindicatos, através da CGT, avaliaram, por sua vez, a mobilização de 2 milhões de pessoas.

Os voos internacionais tiveram uma redução de 30% a 50% por causa da paralisação dos controladores de voo, e os serviços ferroviários também foram reduzidos à metade - embora com menos transtornos do que em greves anteriores.

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O governo de Nicolas Sarkozy resistiu à onda de greve dos últimos dois anos e está levando adiante a reforma previdenciária, que eleva a idade mínima de aposentadoria de 60 para 62 anos.

A paralisação desta quinta-feira foi a sétima jornada de protesto convocada pelos sindicatos, que marcaram uma nova greve geral para 6 de novembro. Várias passeatas estão programadas para esta quinta-feira, incluindo em Paris.

Mas Jean-Claudi Mailly, dirigente da central sindical Force Ouvrière, admitiu que os protestos estão demonstrando "uma pequena fadiga", apesar de a lei ainda não ter sido sancionada por Sarkozy. "Isso deixará profundas cicatrizes", afirmou.

Paralelamente, uma greve de portuários no terminal petrolífero de Fos-Lavéra (sul), que já dura um mês, impede a chegada de petróleo bruto a várias refinarias.

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