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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fala durante uma coletiva de imprensa.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fala durante uma coletiva de imprensa.| Foto: EFE/EPA/SERGEY DOLZHENKO

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou nesta segunda-feira (21) que o andamento da negociação entre Rússia e Ucrânia por um acordo de paz ainda não permite que haja uma reunião entre os respectivos presidentes, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.

"O grau de avanço nas negociações, provavelmente, não é tão desejado como se queria, nem como requer a dinâmica do desenvolvimento da situação para a parte ucraniana", afirmou o representante do regime de Moscou.

Peskov se recusou a comentar detalhes das conversas que estão sendo mantidas. Os dois países devem retomar o diálogo hoje, por meio de uma videoconferência.

O porta-voz também destacou que uma reunião entre ambos os presidentes só seria possível depois de um trabalho prévio e de um acordo consensual. "No momento, não há avanços significativos", garantiu.

Peskov indicou que a Rússia não estuda o estabelecimento de um cessar-fogo durante o tempo que durar as negociações, porque essas pausas estariam sendo utilizadas por "formações nacionalistas" da Ucrânia para "se reagrupar e continuar os ataques contra tropas russas".

Zelensky afirmou neste domingo, em entrevista à emissora americana CNN, que está "preparado" para negociar com Putin, para colocar fim às hostilidades no território ucraniano, mas garantiu que não irá reconhecer a independência do Donbas, nem a soberania russa na península da Crimeia.

O chefe de Estado disse que não assumirá "nenhum compromisso que afete a integridade territorial e a soberania" do país que lidera.

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