A audiência preliminar do caso Curuguaty, no qual morreram 11 camponeses e seis policiais em um conflito armado e que provocou a destituição do então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, será retomada no dia 12 de setembro, informaram fontes judiciais nesta terça-feira à Agência Efe.
A audiência, que foi paralisada com o pedido da defesa de mudar a juíza encarregada do caso por "parcialidade manifesta", determinará se os 12 camponeses acusados pelas mortes provocadas no enfrentamento entre camponeses e policiais em junho do ano passado são levados a julgamento oral ou são libertados.
Um dos advogados defensores, Vicente Morales, disse hoje à Efe que retornarão à audiência, suspensa no dia 1º de agosto depois de 11 dias de sessões, para continuar pedindo que "todos os processados sejam libertados".
Os responsáveis pela defensa protestaram há quase um mês pela intenção da juíza de admitir provas novas apresentadas pelo promotor Khalil Rachid durante a audiência.
Rachid acusou 12 camponeses de homicídio doloso e associação criminosa pela morte de 11 companheiros e seis policiais em um enfrentamento durante uma operação policial de despejo de sem terras de um sítio de Curuguaty, no dia 15 de junho de 2012.
Como juíza da Infância e da Adolescência de Curuguaty, Yanine Ríos já emitiu a primeira pena do caso, no dia 22 de fevereiro, contra um dos dois menores acusados nesta causa, condenado a dois anos de prisão com suspensão condicional pelo delito de associação criminosa.
"A decisão de manter a mesma juíza responde a uma decisão prévia de condenar pessoas em processo infestado de vícios formais", acrescentou Morales.