
Um relatório realizado por uma auditoria, apresentado nesta quarta-feira (31) ao Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA), apontou que a organização está em crise devido à sua atual situação financeira, que está marcada pela falta de fundos.
De acordo com as informações repassadas por Martin Rubenstein, presidente do Comitê de Auditoria, responsável pelo relatório, as finanças da OEA, sediada em Washington, entraram em "declínio na última década", chegando a um ponto crítico que "não é sustentável" no futuro.
“Nos últimos dez anos, a organização tem mantido um saldo de caixa negativo", disse Rubenstein.
A principal razão para isso é que a OEA não tem recebido dinheiro suficiente dos países membros, que devem contribuir com taxas de filiação para honrar com a folha de pagamento de seus funcionários, de acordo com o auditor.
“Para lidar com essa situação, a organização decidiu tomar empréstimos de fundos específicos, com o objetivo de pagar seus funcionários e, à medida que as cotas eram saldadas, a organização quitava as dívidas”, explicou Rubenstein.
“Os empréstimos são tomados até quatro vezes ao ano, sendo o mais alto de US$ 24,5 milhões [em 2020]. Esse é um caminho perigoso", enfatizou.
Ao mesmo tempo, de acordo com o relatório, os países membros votaram para manter os orçamentos baixos "com base em seus interesses pessoais" e não para o bem da organização.
"É hora de começar a assumir que a OEA está em crise porque, francamente, ela está", ressaltou Rubenstein.
A OEA, fundada em 1948, é financiada por contribuições dos 32 países do continente americano que atualmente são membros. Os Estados Unidos são quem mais contribui financeiramente com a organização. Em 2022, sua cota alocada foi de US$ 45 milhões, o que representou 50% do dinheiro do fundo regular para aquele ano, de acordo com dados da organização.
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