Bruxelas - Após o primeiro dia de ofensiva militar por terra das tropas israelenses contra a Faixa de Gaza, vários países e líderes mundiais se manifestaram contra a violência no território, exigindo um imediato cessar-fogo.
Ontem, uma delegação ministerial da União Europeia (UE), liderada pela presidência checa do bloco, viajou para o Oriente Médio, com a missão de alcançar o cessar-fogo na região. "Estamos terrivelmente preocupados com a situação em Gaza, principalmente a situação humanitária", declarou a comissária de Relações Externas da UE, Benita Ferrero-Waldner. "É absolutamente necessário acabar com a violência dos dois lados", acrescentou.
Outros líderes europeus também pediram urgência para amenizar ou encerrar o conflito. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, afirmou que a ofensiva israelense por terra na faixa originou "um momento muito perigoso" no conflito. Ele já havia manifestado ontem ao primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, a necessidade de um cessar fogo imediato.
O governo francês também condenou a escalada de violência na faixa de Gaza, que considerou "perigosa" e expressou sua rejeição tanto à ofensiva terrestre israelense na região como aos ataques com foguetes lançados por milicianos palestinos contra Israel.
Na Espanha, o chefe da diplomacia do governo, Miguel Angel Moratinos, advertiu que a comunidade internacional não pode ficar de "braços cruzados" com o agravamento do conflito via terrestre.
A Rússia anunciou ontem que enviou a Israel seu vice-ministro das Relações Exteriores, Alexander Saltanov, para tentar um cessar fogo em Gaza. Em nota, o ministério disse que é urgente a necessidade de encerrar o sofrimento da população de ambos os lados.
Oriente
No mundo árabe, o Egito, que faz fronteira com a faixa de Gaza, chamou a ofensiva terrestre de Israel de "agressão selvagem" contra o território palestino. Em nota divulgada ontem pela Presidência egípcia, o governo culpou Israel pelos "inocentes civis martirizados e feridos".
A Liga Árabe chegou a condenar o próprio Conselho de Segurança das Nações Unidas pelo "fracasso" em adotar uma decisão sobre Gaza.
Em comunicado, a ministra das Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, disse que a intensa atividade diplomática do país nos últimos dias tem como objetivo "amenizar e adiar a pressão para alcançar um cessar fogo, criando tempo hábil que permita a continuação da operação militar e a conclusão de seus objetivos".