Tropas tailandesas atiraram contra manifestantes neste sábado (15) no terceiro dia de protestos nas ruas de Bangcoc, que já levaram à morte de 24 pessoas, enquanto soldados lutam para isolar um grupo cada vez maior de pessoas buscando a queda do governo.
Soldados, muitos escondidos atrás de sacos de areia, atiravam em centenas de manifestantes que jogavam bombas de gasolina, pedras e mísseis caseiros na normalmente congestionada rua Rama iV, próximo ao distrito financeiro da cidade.
Um voluntário médico foi atingido e pode estar morto, e pelo menos quatro outros manifestantes também estão gravemente feridos, incluindo um que levou um tiro na cabeça, segundo testemunhas.
Testemunhas também afirmavam que os soldados tinham a vantagem na briga, com seus rifles automáticos, facilmente se esquivando dos mísseis e atirando contra seus agressores. O exército também já pedia reforços.
"Continuaremos lutando", disse Kwanchai Praipana, um líder dos manifestantes de camisa vermelha, que pedem que Abhisit renuncie e tome responsabilidade pela crise política, a pior em 18 anos no país.
Ele afirmou que o suprimento de comida, água e combustível estava começando a diminuir já que os caminhões de entrega tiveram o caminho bloqueado, mas disse que ainda há o suficiente para durar alguns dias.
Outros moradores também se surpreenderam ao ver sua cidade, um dos maiores centros urbanos e turísticos do mundo, virar uma zona de guerra.
O ministério da Saúde informou que pelo menos 24 pessoas foram mortas e outras 179 foram feridas.
Antes do início dos protestos na quinta-feira, devido ao ataque contra um ex-general aliado aos manifestantes, a crise que já atinge a Tailândia há dois meses já havia matado 29 pessoas e ferido 1.400 --a maioria das quais morreram em uma troca de tiros em 10 de abril em um dos bairros mais antigos de Bangcoc.
O governo do Canadá pressiona ambos os lados para voltarem às negociações após um jornalista canadense ter sido atingido por três tiros. Outros três jornalistas se feriram durante os protestos.
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