A Argentina acusou na quinta-feira (4) a Grã-Bretanha de apelar ao "fantasma militar" para encobrir a "ilegalidade" da exploração petroleira nas Ilhas Malvinas, cuja soberania é reclamada pelo país sul-americano.
Em meio ao aumento na tensão bilateral, no entanto, uma fonte do governo argentino negou a possibilidade de um conflito militar pelo arquipélago, como o que ocorreu entre os dois países em 1982, na qual morreram 649 argentinos e 255 britânicos.
"Apelando ao fantasma militar, o que o Reino Unido faz é deixar mais em evidência a verdadeira realidade: a disputa por soberania existe", disse a fonte do Ministério de Relações Exteriores da Argentina.
A reação argentina veio depois que o jornal Financial Times reproduziu as palavras de um diplomata britânico que disse que o premiê do país, Gordon Brown, está ansioso por assegurar que a disputa com Buenos Aires não escale até alcançar um confronto militar.
"Este é um negócio legítimo nas águas das Ilhas Malvinas (...) Deveria ser permitido que continue e vai continuar", disse o diplomata ao jornal britânico.
A área que rodeia as ilhas poderia ser uma fonte abundante de hidrocarbonetos, segundo especialistas, mas a Argentina e Grã-Bretanha nunca alcançaram um acordo para a exploração conjunta.
Segundo informação difundida em diversas mídias, a Desire Petroleum começará em fevereiro a perfurar em busca de petróleo ao norte do arquipélago.
"A Argentina adverte novamente o Reino Unido sobre a ilegalidade e consequências desse novo ato unilateral, assim como a todos os agentes privados envolvidos, que serão passíveis de futuras demandas judiciais", acrescentou a fonte argentina.
As Ilhas Malvinas estão sob domínio britânico desde 1833, ano que deu início à disputa entre os dois países.
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