Pelo menos 12 pessoas morreram em enfrentamentos entre islamitas e opositores na sede da Irmandade Muçulmana , no Cairo, o que eleva para 20 o número de vítimas fatais nos protestos no Egito desde domingo à noite, informaram à Agência Efe fontes médicas
Outras cinco pessoas perderam a vida em distúrbios similares em frente à sede do Partido Liberdade e Justiça (braço político da Irmandade) na cidade de Asiut.
As fontes acrescentaram que no total 716 pessoas ficaram feridas nos protestos, que durante a jornada de ontem começaram pacíficos até o começo da noite.
O ataque à sede da Irmandade -grupo ao qual pertencia o presidente egípcio, Mohammed Mursi, até assumir o cargo- começou ontem à noite com o lançamento de coquetéis molotov e pedras pelos manifestantes, enquanto de dentro do prédio tiros eram disparados contra os agressores.
Entre os feridos, muitos dos quais se encontram em estado grave, há pelo menos um oficial da polícia egípcia, que foi baleado.
Após tomar o controle do edifício, situado no bairro de Muqatam, na periferia do Cairo, os manifestantes queimaram todos os andares do prédio e causaram danos materiais.
Os escritórios foram saqueados e o grupo roubou equipamentos eletrônicos, móveis e documentos.
Em entrevista à agência oficial "Mena", um porta-voz da Irmandade acusou os agressores de terem explodido pelo menos dois bujões de gás na entrada do edifício e efetuado disparos contra a sede, o que teria deixado feridos.
Além disso, denunciou que o ataque aconteceu "à revelia total das forças de segurança".
Nesta segunda-feira, centenas de pessoas continuam se manifestando contra Mursi após terem pernoitado em tendas de campanha na praça Tahrir e junto ao palácio presidencial de Itihadiya.
A oposição deu um prazo até amanhã para que o presidente renuncie.
Novas protestos estão previstos para hoje a partir das 16h locais (13h de Brasília).