Grupos armados apoiados por exércitos do norte e do sul do Sudão estão reforçando suas posições na região fronteiriça de Abyei, onde 70 pessoas morreram em confrontos na semana passada, informou hoje um grupo de monitoração norte-americano.

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Imagens de satélite mostram "a aglomeração e o entrincheiramento de atores armados" ligados às Forças Armadas Sudanesas (FAS) e ao Exército de Libertação do Povos Sudaneses (ELPS), em novas linhas de frente em Abyei, relatou o Projeto Basta, grupo que luta contra genocídios.

Em comunicado, o grupo advertiu que o aumento da atividade militar na região fronteiriça, incluindo a chegada a uma base da FAS de um veículo capaz de movimentar armamentos pesados, indica o risco do retorno da guerra. "Tropas aliadas ao norte parecem ter construído uma base avançada de operações nas duas últimas semanas em Bongo, cerca de 15 quilômetros da vila de Maker Abior recentemente arrasada". A base fica cerca de 20 quilômetros ao norte de onde forças aliadas do ELPS aparentemente se entrincheiraram, nas vilas devastadas de Todach e Tajalei, informou o grupo.

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O projeto de monitoração por satélite, que fornece imagens da região, foi estabelecido em dezembro pelo astro de Hollywood e ativista dos direitos humanos George Clooney.

Um acordo de paz entre o norte e o sul do Sudão na capital do estado de Kordofan, Kadugli, em 17 de janeiro, pedia que todas as forças se retirassem da área, exceto as unidades conjuntas especiais do norte, tropas do sul e mantenedores de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).

Um plebiscito sobre o futuro de Abyei, para definir se o local vai se unir ao sul ou ao norte, foi adiado indefinidamente, já que nenhum lado consegue chegar a um acordo sobre quem poderia votar. O futuro da fértil, mas extremamente volátil região, é a questão mais sensível de uma série de assuntos que Cartum (capital do norte) e Juba (capital do sul) negociam, antes da independência do sul, em julho. As informações são da Dow Jones.