A resistência de manifestantes do movimento "Ocupe Wall Street" à ordem da polícia de desocupar parques e praças motivou a prisão de pelo menos 50 ativistas na madrugada de ontem, em Atlanta, no estado da Geórgia.
Polícia e manifestantes do "Ocupe Wall Street" entraram em confronto também em Oakland, na Califórnia, onde oficiais haviam determinado a desocupação da praça em que manifestantes acampavam há duas semanas. A prefeitura da cidade afirmou que as condições sanitárias haviam se deteriorado.
Cerca de cem pessoas foram presas na cidade californiana. Após a desocupação, os ativistas fizeram marcha para pedir a praça de volta. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersá-los.
Também na terça-feira, em Albuquerque, no Novo México, ativistas foram detidos. Em Tucson, no Arizona, e em Sacramento, na Califórnia, outras prisões foram feitas.
Em Nova York, o barulho feito pelos manifestantes, que tocam tambores no Zuccotti Park, agravou a pressão sobre os ativistas. Segundo carta anônima de um dos manifestantes que circula pela internet, o barulho criou divisão entre os organizadores, que tentam diminuir a tensão com os moradores da região.
O movimento "Ocupe Wall Street" começou com um acampamento em um parque próximo ao centro financeiro de Nova York em setembro e se espalhou pelo país e por outras cidades do mundo.
Um apoiador do "Ocupe Wall Street" criou um aplicativo para celular chamado "Estou Sendo Preso", que permite que o manifestante avise rapidamente familiares sobre a detenção. De acordo com agências de notícias, até a manhã de segunda-feira 9 mil pessoas tinham instalado o aplicativo.