A possibilidade da formação de um governo de coalizão na Grécia parece ter crescido nesta quinta-feira. Segundo algumas fontes, o Nova Democracia e o Partido Socialista (Pasok) podem costurar uma aliança com o pequeno Esquerda Democrática (DeMar), mas que já seria suficiente para garantir maioria no Parlamento.
Hoje o líder do Pasok, Evangelos Venizelos, recebeu do presidente grego a tarefa de tentar formar uma coalizão. E para isso ele terá um prazo de três dias. Venizelos deve se encontrar com o líder do DeMar, Fotis Kouvelis, às 12h (de Brasília).
"Após a declaração do Esquerda Democrática, nós podemos ter uma chance real para a formação de um governo", comentou uma autoridade do Pasok. Mais cedo hoje, o DeMar criticou a dura postura da Coalizão de Esquerda Radical (Syriza) contra as medidas de austeridade combinadas com os credores internacionais em troca do segundo pacote de resgate, de 130 bilhões de euros.
No comunicado, o DeMar afirma que os comentários contraditórios de membros do Syriza sobre a economia grega, e sua insistência em condenar o segundo pacote de resgate, vão levar o país a um calote e à saída da zona do euro. "A liderança do Syriza, pela forma como está conduzindo as negociações, arrisca levar o país a novas eleições, que provavelmente resultariam num fortalecimento dos dois principais partidos", diz o texto.
O Nova Democracia também elogiou a declaração do DeMar, chamando o documento de "novo" e "encorajador".
Uma fonte com conhecimento da situação disse que o DeMar vai insistir em uma aliança de vários partidos - que pode incluir o Syriza - como uma forma de evitar novas eleições, que terão de ser convocadas se não houver acordo para um governo de coalizão. "Nós gostaríamos que o Syriza participasse também. Isso tornaria um governo viável, mas vamos ver o que acontece", comentou essa fonte. As informações são da Dow Jones.