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O anúncio do prêmio ao cineasta franco-polonês Roman Polanski foi bastante aplaudido no sábado | Tobias Schawarz/Reuters
O anúncio do prêmio ao cineasta franco-polonês Roman Polanski foi bastante aplaudido no sábado| Foto: Tobias Schawarz/Reuters
  • O turco Semih Kaplanoglu recebeu o Urso de Ouro por seu filme Honey, um drama sobre a relação entre pai e filho
  • Confira os vencedores do 60º Festival de Berlim

A produção turco-alemã Honey, de Semih Kaplanoglu, venceu, no último sábado, o Urso de Ouro de melhor filme do Festival de Berlim. Embora o longa não estivesse entre os favoritos, a es­­colha do júri presidido pelo cineasta Werner Herzog foi muito bem recebida. O drama fala so­­bre a relação entre um apicultor (Erdal Besikcioglu) e seu filho Yusuf, um garoto tímido e gago, vivido pelo impressionante ator mirim Bora Altas. "Estou feliz, is­­so foi muito importante para mim e este prêmio vai ajudar a fa­­zer outros filmes. Eu gostaria de agradecer a Bora por seu de­­sempenho. Graças a ele pudemos fazer o filme, ele no momento está adoentado e espero muito que fique bom logo", disse Ka­­planoglu.

O prêmio de melhor direção foi concedido ao cineasta polonês Roman Polanski por The Ghost Writer e não causou grande surpresa. Era voz corrente no festival que dificilmente o diretor, atualmente em prisão domiciliar na Suíça, deixaria de ser premiado de alguma forma. O filme, muito elogiado pela crítica, é um thriller político muito bem filmado e com ótimo elenco. O produtor Benmussa disse que falou com Polanski por telefone. "Ele disse estar muito honrado. É um prêmio para o seu trabalho, sua carreira e sua vida", afirmou Benmussa.

Brasil

A Berlinale 2010 teve um brasileiro entre os vencedores: o ca­­rioca João Jardim. O Lixo Extraor­­dinário, codirigido por ele, Lucy Walker e Karen Harley, foi duplamente premiado. Conquistou o prêmio de audiência da Mostra Panorama e o prêmio do júri in­­dependente da Anistia Interna­­cional dividido com Son of Ba­­by­­lon, de Mohamed Al-Daradji. Mui­­to emocionado Jardim falou com a Gazeta do Povo sobre o que significa ganhar dois prêmios tão importantes, o da Au­­diência e o da Anistia. "É um sentimento muito bom, o de ter conseguido abordar um tema tão difícil e a princípio repugnante para o público como o lixo, ou lixão de forma tocante e eficiente", declarou.

Romênia

O Grande Prêmio do Júri, o se­­gundo mais importante do festival, foi para o romeno If I Want to Whistle, I Whistle (Se Eu Quiser Assoviar, Eu Assovio, em português), de Florin Serban, que estava entre os cotados para o prêmio máximo da Berlinale. "Nós tínhamos um bom filme, mas não sabíamos a opinião dos ou­­tros. Foi ótimo e eu acho que algo está acontecendo de bom no ci­­nema romeno. Fizemos o filme pensando no público romeno", ressaltou Serban.

O prêmio de melhor ator foi dividido entre Grigory Dobrygin e Sergei Puskepalis ambos por How I Ended This Summer (Como Eu Terminei Este Verão), de Ale­­xei Popogrebsky. O filme é sobre dois homens muito diferentes vivendo numa estação de pesqui­­sa no Ártico.

A melhor atriz foi Shinobu Te­­rajima em Caterpillar, de Koji Wa­­kamatsu. O diretor subiu ao palco e, emocionado, ligou para Shi­­nobu para dar a notícia. A atriz era uma das favoritas pelo excelente desempenho como a mu­­lher de um homem que volta da guerra sem os braços e as pernas.

Wang Quan’an e Na Jin ga­­nha­­ram o prêmio de roteiro com Apart Together. "Quando abri o festival, achava difícil ganhar um prêmio e esse é muito especial porque é para quem escreve. O filme fala da pior experiência que existe: a guerra", disse Quan’an, complementando que vai tentar mostrar o filme na China.

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