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Meio ambiente

Austrália declara desastre após derramamento de óleo

Imagem mostra espessa camada de óleo que atingiu as areias da ilha de Moreton, ao norte de Queensland: preocupação com o impacto ambiental de longo prazo | Dave Hunt / AFP Photo
Imagem mostra espessa camada de óleo que atingiu as areias da ilha de Moreton, ao norte de Queensland: preocupação com o impacto ambiental de longo prazo (Foto: Dave Hunt / AFP Photo)

Uma faixa litorânea que abrange algumas das praias mais paradisíacas e conhecidas da Austrália foi declarada área de desastre nesta sexta-feira (13) depois de um navio encalhado ter derramado toneladas de petróleo no mar, escurecendo quilômetros e quilômetros de areia branca.

O governo do Estado de Queensland, no nordeste da Austrália, rechaçou críticas de que teria demorado demais a reagir ao desastre ambiental e ameaçou mover um processo exigindo da companhia proprietária do navio milhões de dólares em indenização. O vazamento começou na quarta-feira.

Os parques nacionais mantidos nas ilhas de Moreton e Bribie, ao norte de Brisbane, a capital de Queensland, foram os mais afetados pelo derramamento de petróleo causado pelo navio de carga Pacific Adventurer. O impacto ambiental de longo prazo ainda não foi estimado.

A área afetada, conhecida como Costa do Sol, é distante da Grande Barreira de Corais, que aparentemente não corre risco com o acidente. Até o momento, as únicas vítimas foram alguns pássaros enegrecidos pelo contato com o petróleo, mas autoridades ambientais advertem que a tendência da situação é piorar consideravelmente.

A companhia britânica Swire Shipping Ltd., proprietária do navio com bandeira de Hong Kong, informou inicialmente que contêineres a bordo deslocaram-se quando a embarcação enfrentava mar revolto e atingiram o tanque de combustível, derramando no mar o equivalente a 42.500 litros de petróleo. Posteriormente, a empresa informou que mergulhadores avaliaram os danos ao casco e perceberam que havia vazado "muito mais" do que 42.500 litros de petróleo. A companhia, porém, não forneceu novas estimativas.

O governo de Queensland acusa a empresa de ter enganado as autoridades australianas com os primeiros números sobre o acidente. Anna Bligh, primeira-ministra de Queensland, disse que os primeiros números levaram as autoridades locais a pensar que o impacto ambiental seria menor. A Autoridade Portuária Australiana informou que o navio foi rebocado para um porto próximo e não poderá deixar o país enquanto não forem fornecidas explicações satisfatórias. De acordo com Anna Bligh, o governo quer que a proprietária do navio indenize os custos de limpeza.

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