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Sydney (AFP/EFE) – A televisão australiana "Special Broadcasting Service" (SBS) mostrou ontem uma nova série de imagens inéditas, que diz serem de prisioneiros torturados na prisão iraquiana de Abu Ghraib, divulgadas depois pelo resto de televisões e veículos de comunicação mundiais. Nelas são mostradas fotografias, aparentemente, tiradas em 2003 com imagens de "torturas e humilhações sexuais" a presos iraquianos supostamente cometidas por soldados norte-americanos, segundo a rede australiana. Em diversas situações, os prisioneiros aparecem nus, alguns com marcas de ferimentos em seus corpos, algemados, ensangüentados e outros em aparentes atitudes de quem sofre abusos sexuais. Também há cenas mostrando detentos ameaçados por cães ferozes.

Segundo a emissora, as imagens antes de ser divulgadas tinham sido mostradas a integrantes da administração norte-americana. Estas imagens trazem novamente à baila o escândalo da humilhação e da tortura a prisioneiros iraquianos. Os abusos foram tornados públicos em 2004, quando imagens como as exibidas pela tevê australiana rodaram o mundo. Graças a elas foram julgados e condenados diversos militares dos Estados Unidos, como a soldado Lynndie England e Charles Graner. Essas fotografias revelaram então os maus-tratos inflingidos pelas tropas norte-americanas no Iraque aos prisioneiros confinados na prisão de Abu Ghraib.

O Pentágono, centro do poder militar dos EUA, confirmou a autenticidade das fotos exibidas pela rede australiana, destacou ontem, em Washington, um dos porta-vozes do Departamento de Defesa. A fonte, que pediu anonimato, frisou que as fotos são as mesmasobtidas pelo Exército norte-americano há dois anos, durante sua investigação do escândalo de torturas a prisioneiros de Abu Ghraib.

A tortura de presos por parte de britânicos também tem sido denunciada. Este mês imagens de prisioneiros sofrendo abusos cometidos por tropas britânicas também vieram à tona e deflagraram um processo de investigação militar no Reino Unido.

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