Os primeiros testes do mundo em humanos de uma vacina contra a nova gripe começaram na Austrália. O objetivo é controlar o vírus que até agora matou mais de 700 pessoas. Duas empresas de biotecnologia iniciaram os testes em voluntários adultos na cidade de Adelaide, sul do país. A Vaxine iniciou os testes na segunda-feira (20) com 300 pessoas e a CSL os iniciou na quarta-feira, com 240 voluntários, para testes que devem durar sete meses.
Pelo menos 41 pessoas morreram em decorrência de doenças relacionadas à gripe A H1N1 na Austrália, que está no meio de sua estação sazonal de gripe. "Nós estamos no hemisfério sul e é aqui que o problema está agora", disse o diretor de pesquisas da Vaxine, Nikolai Petrovsky. "Estamos no meio de uma explosão de casos de gripe suína. Os Estados Unidos talvez não tenham de se preocupar com o assunto até a chegada de sua estação de gripe, daqui a seis meses".
A Austrália confirmou 14.703 casos da doença até esta quarta-feira. O número de mortos em todo o mundo já superou 700, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), que recentemente parou de contar os casos.
A CSL espera que seus resultados preliminares permitam a distribuição de sua vacina, que recebeu fundos de pesquisa do governo, em outubro. O governo federal já encomendou 21 milhões de doses de vacinas da CSL, caso ela funcione.
Petrovsky, da Vaxine, disse que serão necessárias de seis a oito semanas antes dos resultados mostrarem se a vacina funciona. "Não há garantias de que nenhuma dessas vacinas vá funcionar", disse ele.
A Ministério da Saúde da Tailândia informou mais 24 mortes em decorrência da gripe suína na última semana, elevando o total de vítimas para 44 no país.
"O aumento do número de mortes se deve à rápida propagação da enfermidade, atraso no cuidado médico e a um aumento dos casos de infecção respiratória grave", disse o vice-secretário do Ministério, Paijit Warachit.
O número de infectados no país passou para 6.776. Trinta e cinco estão internadas e sete estão em estado grave.
Avanço na Europa
Funcionários de saúde da Hungria informaram que o país registrou sua primeira morte por gripe suína. Trata-se de um homem de 41 anos que também sofria de problemas do pulmão e do coração. O homem morreu na semana passada e a presença do vírus A H1N1 foi confirmada durante uma autópsia. A Hungria registrou 36 casos da doença até agora.
Na França, Funcionários da Saúde disseram nesta quarta-feira que pelo menos 64 novos casos da gripe suína foram registrados na área metropolitana de Paris em apenas um dia.
A inspetoria de assuntos sanitários informou que 47 casos foram detectados numa escola de estudantes estrangeiros, grande parte deles da Espanha e da Grã-Bretanha. A escola fica em Issy-les-Moulineux, perto da capital francesa. Outros 17 casos foram detectados em uma escola secundária em Passy-Buzenval, também perto de Paris. Os 17 contaminados pela gripe A são estudantes italianos que aprendem francês.
O inspetor de Saúde Dr. Juan Vinas diz que quase todos os pacientes diagnosticados com o vírus H1N1 estão passando bem e se encontram em quarentena nas casas onde se hospedam. Apenas um estudante foi hospitalizado por causa de complicações decorrentes de uma asma. As informações são da Associated Press.
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