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Vista para a Opera House, em Sydney. | Matthew Field/Creative Commons
Vista para a Opera House, em Sydney.| Foto: Matthew Field/Creative Commons

A Austrália quer criar uma lei que proíbe de forma permanente o direito dos refugiados que chegam ilegalmente ao país de barco a solicitarem um visto, inclusive o de turismo, endurecendo ainda mais uma das políticas migratórias mais restritas do mundo.

O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, explicou neste domingo que submeterá o quanto antes ao parlamento o projeto de lei que, se for aprovado, terá efeito retroativo e será aplicado portanto a centenas de migrantes que estão há anos em centros de detenção.

De acordo com o texto, as pessoas que alguma vez tenham tentado entrar ilegalmente na Austrália ficarão proibidos de solicitar um visto de turismo ou de trabalho para o resto da vida.

O chefe de governo apresentou a medida como necessária para mandar “uma mensagem absoluta, inflexível e inequívoca” para os migrantes ilegais de que a sua presença nunca será permitida no país.

“Este é um combate entre o povo australiano, representado pelo seu governo, e as gangues criminosas de traficantes de pessoas”, disse Turnbull em uma coletiva de imprensa ao lado do ministro de Imigração, Peter Dutton.

“Ninguém deve subestimar a escala da ameaça. Estes traficantes de pessoas são os piores criminosos que se possa imaginar. Eles têm um negócio de bilhões de dólares. Temos de ser muito determinados para dizer não a seus planos criminosos”, acrescentou.

A Austrália aplica há vários anos uma política muito dura com os migrantes e repele sistematicamente os barcos que tentam chegar às suas costas. O governo afirma que tais medidas são em nome da luta contra o tráfico de seres humanos e da necessidade de dissuadir os migrantes de se aventurarem em uma travessia perigosa.

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